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Dia da Saúde Mental

Pacientes têm atendimento em 110 unidades e 13 CAPS

Unidades de Saúde podem ajudar pacientes com problemas de saúde mental e também quem vive perto deles e sofre, indiretamente, com as alterações. -Na imagem, pacientes do CAPS ad Bairro Novo participam de atividades. Na imagem, a aula de pintura e artesanato. Curitiba, 16/09/2009 Foto: Brunno Covello

Mudanças persistentes de comportamentos e hábitos que interfiram na dinâmica social podem ser indícios de alterações relacionadas à saúde mental. As unidades de saúde da Prefeitura mantêm equipes aptas para identificar o problema e encaminhar o tratamento, ajudando não só os pacientes como também as pessoas próximas aos adultos jovens, adolescentes, idosos e também crianças passíveis de manifestar essas alterações de humor.

Manifestações diversas como tristeza prolongada, desânimo, repetidos episódios de irritação, mau humor incontrolável, alegria exacerbada, agressividade, isolamento, falta de interesse pelo trabalho ou pelos estudos, abandono de tratamento médico ou início de uso de drogas lícitas ou ilícitas podem ser alguns sinais de alerta para algum tipo de patologia mental.

Cenário - A Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que 12% da população em geral seriam acometidos por algum tipo de patologia mental, o que em Curitiba representaria cerca de 210 mil pessoas. Destas, perto de 146,7 mil seriam usuárias da rede pública de saúde, que tem 55,9 mil pessoas inscritas em seu Programa de Saúde Mental.

O programa abrange o atendimento na rede de 110 unidades básicas e de Saúde da Família e 13 centros de atenção psicossocial (Caps) em transtornos mentais e dependência química, especializados para receber adultos e também crianças e adolescentes, além de hospitais – a partir da reforma psiquiátrica, o último dos recursos terapêuticos empregados pelo sistema de saúde.

Origem - Segundo a psicóloga Carmen Lúcia Seibt, da Coordenação de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde, as alterações tendem a ser desencadeadas por algum tipo de luto. A morte de uma pessoa querida, perda do emprego ou um caso de doença grave na família são alguns exemplos. “Muitas vezes o paciente não se dá conta de que precisa de ajuda mas quem está perto percebe que alguma coisa não vai bem. Cabe a elas orientar e até mesmo acompanhar a pessoa até a Unidade de Saúde mais próxima de casa para iniciar a abordagem clínica”, orienta.

O importante, afirma a psicóloga, é o público ter conhecimento de que está diante de um problema de saúde para o qual existe ajuda. “Há quem queira, por desconhecimento ou negação dos fatos, atribuir as mudanças ao caráter da pessoa que está manifestando o problema ou ao destino e evita a busca de ajuda. Isso é ruim tanto para o paciente quanto para quem convive com ele e, por isso, sofre indiretamente o processo de adoecimento”, observa Carmen.

Além de orientar o apoio dos serviços de saúde para quem estiver apresentando quadros sugestivos de patologia mental, a psicóloga frisa a importância das condutas preventivas e que estão ao alcance de todos. Hábitos, como passeios, prática de esportes, dormir e alimentar-se adequadamente, conviver com familiares e amigos e cultivar outros interesses além do trabalho e dos estudos estão entre as principais atitudes indicadas.