Marcante na cidade desde o século 19, a Rua Riachuelo guarda a essência do desenvolvimento do comércio curitibano.
A rua servia de ligação entre a antiga Prefeitura Municipal (atual Paço da Liberdade) e a Praça 19 de Dezembro.
Até virar Riachuelo, em 1871, recebeu os nomes de "Rua dos Veados", "Rua do Campo" e "Rua Lisboa”.
A criação do Passeio Público nas proximidades, a circulação de bondes e o aumento de imigrantes europeus instalados no local contribuíram para a rua se tornar um ponto de referência que perdura até hoje.
Portugueses, alemães e italianos ali instalados ajudaram a desenvolver o fluxo comercial, com os mais variados tipos de lojas e serviços, de barbearias a relojoarias.
Na década de 1960, se consolidou como endereço elegante da capital. A arquitetura de grandes prédios contribuiu para isso, reafirmando a sofisticação do lugar e mudando uma paisagem antes composta por edificações de menor porte.
Em meados do século 20, a Riachuelo recebe dois prédios: a residência Rosa Ângela Perrone, com 15 andares, e a Galeria Andrade, com 18 andares. O estilo art decò se destaca, com simplicidade de formas. Sobressaem-se na região o Palacete Joaquim Augusto de Andrade, edifício do relógio na esquina com a Travessa Tobias de Macedo, e o Palácio São Francisco, na esquina da Rua São Francisco.
Em breve um Cine Passeio completamente reformado abrirá as portas, trazendo de volta os cinemas de rua para a capital, numa iniciativa para revalorizar a região.
Ponto com tão rica história, a Riachuelo é o tema deste Olhar Curitiba. O fotógrafo Luiz Costa captou ângulos supreendentes e viéses inustivados de uma área fundamental na construção perene da cultura curitibana.