A implantação de obras de drenagem para evitar enchentes na região do Portão atende a uma demanda de décadas da comunidade.
“Esperar os quatro meses de realização da obra e qualquer outro transtorno gerado pelos serviços não é nada. O melhor é, depois disso, não ter mais que conviver com o risco de alagamento”, afirma Sandra Chaves, moradora há 40 anos na Rua Professor Orlando Alves Chaves.
Para Sandra, que é servidora pública estadual aposentada, as obras em andamento pela Prefeitura já trazem o sentimento de realização e a sensação de segurança.
Os serviços começaram no último dia 11/3, no ponto onde se encontram as ruas Doutor Manoel Francisco Ferreira Correia e Alfredo Jaime Felippe, limite entre os bairros Portão e Fazendinha. O solo está sendo escavado e os primeiros tubos de concreto com 2,20 metros de diâmetro estão sendo colocados para formar a nova galeria de águas pluviais.
O projeto prevê que a nova estrutura de drenagem seja composta por cerca 400 tubos e se estenda por 430 metros, no sentido à Rua Antônio Ferreira Lemos. De acordo com o secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Rodrigues, que esteve vistoriando os serviços, irá minimizar as chances de que ocorram inundações na região. “A implantação da estrutura robusta, de grande dimensão, fará com que a água das chuvas tenha maior vazão e não extravase tomando ruas e casas”, disse.
Antigo desejo
Sandra Chaves contou que as obras são um pedido antigo da vizinhança e que os moradores participaram das reuniões públicas do Fala Curitiba para reivindicar a intervenção. “Participamos de todas as etapas antes de chegar a essa conquista. Fomos em reuniões na Rua da Cidadania do Portão e Fazendinha, nos encontramos com os engenheiros da Secretaria de Obras e estamos realizando esse antigo desejo. Uma conquista que valeu muito a pena. Pedimos e a Prefeitura nos ouviu” .
Desde 1985 morando na residência que construiu na Rua Doutor Manoel Francisco Ferreira Correia, o mestre de obras Saul Cardoso Dias também participou ativamente do processo de conquista da nova galeria de águas pluviais. “Enfrentei alagamento aqui com mais de um metro de água dentro de casa. Tive prejuízo e isso dói muito. Agora estou feliz em ver a obra sair do papel, em ver esse movimento todo de gente trabalhando e estão fazendo até mais do que pedimos. É um sonho realizado”, avaliou.