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Obra que exige bloqueio total de trecho da Rua Eduardo Sprada vai beneficiar 35 mil moradores

Bloqueio viário na Rua Eduardo Spreda devido à obras, entre as ruas Maria Bizinelli e Luiz Tramontin, Campo Comprido. Curitiba, 13/08/2025. Foto: José Fernando Ogura/SECOM

Obras que vão prevenir alagamentos em cinco bairros e beneficiar cerca de 35 mil pessoas exigiram que a Prefeitura de Curitiba bloqueasse totalmente nesta quarta-feira (13/8) a Rua Eduardo Sprada, no Campo Comprido, no trecho entre as ruas Maria Bizinelli e Luiz Tramontin. A interrupção ao trânsito acontece para a implantação de uma nova galeria celular de grande porte. A estrutura faz parte das obras de macrodrenagem da Bacia do Rio Mossunguê e vai mais que dobrar a capacidade de vazão das águas da chuva na região.

A interdição, que afeta apenas veículos, tem duração estimada de 30 dias, dependendo das condições climáticas. 

O trânsito de pedestres segue garantido por meio do Caminho Seguro, com isolamento e sinalização adequados. Toda a área está sinalizada e agentes da Superintendência de Trânsito (Setran) orientam os motoristas, enquanto os moradores foram informados antecipadamente pelo Sistema Direct da Prefeitura.

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Segundo o secretário municipal de Obras Públicas, Luiz Fernando Jamur, o bloqueio total da via foi uma decisão técnica para garantir a segurança e acelerar o ritmo da obra.

"A princípio, a intervenção seria feita com a via parcialmente aberta, a partir de um alargamento executado previamente nas laterais da Eduardo Sprada. Porém, durante a execução, identificamos instabilidade no solo que poderia colocar em risco trabalhadores e motoristas. Com o bloqueio, conseguimos trabalhar com mais segurança e otimizar o andamento da substituição da antiga travessia por uma estrutura mais robusta", explicou Jamur.

A nova galeria terá 43 metros de extensão, formada por 172 peças pré-moldadas em formato de “U”, distribuídas em duas fileiras paralelas, com 7 metros de largura por 3,5 metros de altura. A obra exige escavações profundas, uso de escavadeiras, guindastes e movimentação de módulos de concreto de grande peso.

Conjunto de ações 

O diretor do Departamento de Pontes e Drenagem da Secretaria Municipal de Obras Públicas, Paulo Vitor Lucca, destacou que a galeria integra um conjunto de ações de macrodrenagem na Bacia do Mossunguê, que beneficiará cerca de 35 mil moradores dos bairros Campo Comprido, Mossunguê, Santo Inácio, Orleans e São Braz.

"Essas galerias vão mais que dobrar a capacidade de escoamento da água em dias de chuva intensa. Além disso, já finalizamos praticamente todas as estruturas de contenção de águas pluviais na área próxima ao desvio, o que nos permitiu avançar para esta etapa", afirmou Lucca.

O conjunto de ações que a Prefeitura de Curitiba está fazendo na região da bacia do Rio Mossunguê visa minimizar os impactos das chuvas em uma região de quase 8 km² beneficiando diretamente moradores dos bairros Campo Comprido, Mossunguê, Santo Inácio, Orleans e São Braz.

Ele destaca ainda que entre as obras complementares estão a construção de uma bacia de detenção com capacidade para armazenar até 21 mil m³ de água — o equivalente a 21 mil caixas d’água de mil litros —, quatro diques de contenção, muros de proteção, gabiões, áreas verdes e recuperação de mata ciliar, que será realizada após as obras.

Afluente do Barigui 

Durante o último verão, mesmo sem estar concluída, a bacia já apresentou resultados positivos no controle das cheias. “Uma importante contribuição para o sistema de drenagem da cidade uma vez que o Rio Mossunguê é um afluente do Rio Barigui. As intervenções a montante (rio acima) favorecem diretamente a melhoria das condições de escoamento no Barigui, reduzindo riscos de alagamentos na região”, disse Lucca.

Após a conclusão da galeria celular, será realizada a recomposição paisagística e o local passará a contar com um espelho d’água permanente, cobertura vegetal recomposta e área de lazer,  promovendo conservação ambiental e valorização do entorno urbano. Além de prevenir enchentes, a obra também trará melhorias urbanas.

Com investimento de R$ 11,3 milhões, as obras são financiadas com recursos do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Drenagem.