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Descentralização

Moradores que acompanharam crescimento da região celebram instalação da Regional Tatuquara

Moradora do bairro Caximba há 55 anos, Maria Vilma Paolini, mistura a história do bairro com a da sua vida. - Na imagem, Maria Vilma Paolini e Ubaldo Paolini. Foto: Gabriel Rosa/SMCS

O empresário Paulo Irineu Pelanda, 52 anos, é um filho do Tatuquara. Ele nasceu, foi criado e vive até hoje no bairro, que agora dá nome à nova administração regional de Curitiba – integrada também pelos bairros Caximba e Campo de Santana. Pelanda é parte de um grupo de moradores que viram a região sair do nada para crescer e se desenvolver, e que agora comemoram a chegada da nova regional e os benefícios que trará para toda a comunidade, com a descentralização dos serviços da Prefeitura.

“Nasci no Tatuquara e conheço este lugar desde quando havia meia dúzia de casas aqui. Fiquei muito feliz quando soube da notícia de que teríamos a nossa regional”, disse Pelanda. Dono de uma rede de postos de combustível que emprega 700 pessoas – boa parte moradores da região –, ele acompanha de perto os investimentos da prefeitura para a região sul.

“Achei excelente a criação da regional Tatuquara. Mesmo diante das dificuldades, o prefeito Gustavo Fruet tem determinado muitas melhorias na nossa região, num trabalho sério e que mostra compromisso com a população”, disse Pelanda.

O administrador da Regional Tatuquara será Edgar Otto Hauber Junior, que desde janeiro de 2013 ocupava a mesma função na Regional Pinheirinho, à qual os três bairros pertenciam. “É uma responsabilidade muito grande e ao mesmo tempo é gratificante participar deste projeto da atual gestão. A Regional Tatuquara chega para ouvir as pessoas e atendê-las. Acompanhei desde a assinatura da ordem de serviço para a nova Rua da Cidadania até este sonho se tornar realidade. Isso mostra o comprometimento desta gestão com a população, por uma Curitiba mais humana” enfatizou Hauber.

Evolução

Moradora do bairro Caximba há 55 anos, Maria Vilma Paolini,  mistura a história do bairro com a da sua vida. Conhece muito bem a realidade do bairro desde quando era um local isolado e com carência de tudo – creches,  unidades de saúde, asfalto, transporte coletivo, entre outras necessidades cujo atendimento pautou o trabalho de dona Vilma, como é conhecida, como presidente da Associação de Moradores do Caximba.

Ela e o marido Ubaldo Paolini moram num local que no passado era uma estrada precária, onde só passava carroça – o que os levava a, muitas vezes, enfrentar quatro quilômetros a pé “Era muito difícil antes. Eu ia com a carroça carregada de lenha até o centro de Curitiba e voltava com mantimentos. Hoje temos tudo aqui perto”, disse Ubaldo Paolini, cuja família chegou ao bairro em 1922, e ajudou a fundar a Igreja São João Batista no bairro.

“A vinda desta regional para nossa região é de fundamental importância. Vai facilitar a vida do povo e beneficiará a todos que precisam dos serviços da Prefeitura” disse Vilma Paolini

Tradição

Francisco Pereira Netto, 86 anos, é um pioneiro da região que agora configura a décima regional de Curitiba. Chico Pereira, como é conhecido, nasceu no Campo de Santana em 5 de novembro de 1929. Foi um dos maiores criadores de frango de corte do Paraná e hoje, aos 86 anos, coloca a memória privilegiada a serviço da preservação da história do bairro.

“Eu preservo e valorizo a nossa comunidade, que é um povo de muita luta, muito trabalho. Aqui estão famílias centenárias, como a Pelanda, Nichele, Tortato e outras tantas” destaca Pereira, que tem 10 filhos, 34 netos, 33 bisnetos e espera o nascimento do primeiro tataraneto.

Ele conta que há 60 anos o Campo de Santana era apenas campo, gado, chácaras e passador de cavalos. “Isso aqui era só campo e tinham três ou quatro famílias na região. Eu tinha uma camionete F350 e ajudava quem precisava levando para o Portão ou Pinheirinho, onde tinha atendimento médico” lembra Pereira.
 
A poucos metros da sua propriedade vive Luiz Carlos Cavichiolo, 53 anos, conhecido como Carlinhos, um empresário do ramo da construção que se intitula um caboclo da região, onde nasceu e foi criado. Formado em Economia pela UFPR, é um pesquisador e defensor entusiasmado da cultura local. Essa paixão foi transformada num livro – “Campo de Santana & Cachimba  – No tempo “Dantes” e de agora” – em que conta a história dos dois bairros. Durante a pesquisa para a obra, Cavichiolo descobriu que seu pentavô, João de Santana Pinto, foi um dos primeiros moradores do bairro.

Pereira e Cavichiolo compartilham o amor pela história, as famílias  e a tradição local. E também concordam na aprovação ao trabalho que a Prefeitura vem fazendo para alavancar de forma mais ordenada possível o desenvolvimento da região Sul da cidade.

“A nova regional vai ajudar o povo. Estamos satisfeitos com o trabalho que a Prefeitura vem fazendo por aqui”, afirma Pereira.

“A regional Tatuquara vem para atender as nossas expectativas. A gestão do prefeito Gustavo Fruet  tem uma visão mais voltada para a região Sul”, avalia Carlinhos.

Conquista

Uma das figuras mais conhecidas da Regional Tatuquara, é o padre Mario Scopel.  Sorridente e falante, é paróco da Paróquia Santana, que abrange 18 comunidades na região.  “Sempre defendi aquilo que favorece a comunidade. Estive na assinatura da ordem de serviço da Rua da Cidadania do Tatuquara em 2013,  e vou estar agora na realização deste sonho que é a nova regional”, disse o padre.

Ele avalia que para esses bairros da região Sul, a descentralização dos serviços é uma conquista, que torna o poder público mais próximo da população. “Só faltava isso. As comunidades com o passar dos anos estão crescendo e aumentando suas necessidades e demandas junto ao poder público”, afirma.

O padre lembra que fez cobranças à Prefeitura pela instalação da regional. “Cobramos quando tivemos que cobrar e agora agradecemos o empenho do prefeito Gustavo Fruet e de sua equipe. Certamente terá mais  projetos bons e importantes para a região Sul”, disse o pároco.