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Projetos estruturantes

Monitoramento social do Novo Inter 2 alcança mil pessoas e revela percepção positiva da população

Monitoramento Social do Novo Inter 2 alcança mil pessoas e revela percepção positiva da população. Foto: João Paulo Pimentel/UTAG

A Prefeitura de Curitiba, por meio da Unidade Técnico-Administrativa de Gerenciamento (Utag), atingiu em julho de 2025 a marca de mil pessoas entrevistadas no Monitoramento Social da execução das obras do Projeto Novo Inter 2. Desde o início da aplicação da ferramenta, em outubro de 2024, moradores e comerciantes dos cinco lotes do projeto — em diferentes fases das intervenções — vêm sendo consultados para avaliar a percepção sobre o impacto das obras no dia a dia da população.

Os dados mais recentes revelam que 61% dos entrevistados afirmam que as obras trarão benefícios para a região após sua conclusão. As melhorias apontadas incluem desde a valorização dos imóveis e atendimento a demandas antigas de infraestrutura urbana, como drenagem e pavimentação, até ganhos coletivos relacionados à mobilidade, segurança e qualidade ambiental.

Os que percebem benefícios citam, principalmente, a construção de novas rampas de acesso para pessoas com deficiência e a adequação de calçadas. No plano coletivo, ressaltam a nova pavimentação, a renovação da iluminação pública, a implantação de faixas exclusivas para ônibus e a “nova cara” das vias requalificadas, com paisagismo, acessibilidade e sinalização renovada.

Para a empresária Maria Teresinha Raniowska, que vive no Xaxim há 52 anos e acompanha as transformações do Lote 3.1, a valorização do bairro é evidente. “Quando mudei para cá, nem asfalto tinha. Agora tá ficando muito bonito. Eu construí minha casa, sei como é difícil assentar um tijolo. Mas o que conta é como fica”, afirma.

O impacto positivo também é sentido por comerciantes. Helvécio Alves dos Santos reconhece os desafios durante as obras, mas acredita no retorno: “Não é fácil para o comerciante, mas sou otimista. Deixa terminar tudo aqui e vai valorizar meu imóvel, melhorar o acesso.”

O coordenador-geral da Utag, Marcio Teixeira, destaca a importância do diálogo com a população para o sucesso do projeto. “Obras de qualidade vão além da atenção com a execução e levam em consideração os aspectos sociais e ambientais das transformações. Temos o compromisso de escutar as pessoas, entender os impactos e buscar soluções em tempo real. O monitoramento social tem nos mostrado que, embora haja desafios, a população enxerga os avanços e os benefícios que virão”, afirma.

O levantamento mostra ainda que a maioria dos entrevistados (60%) considera que os acessos às residências e aos estabelecimentos comerciais estão seguros nas locomoções a pé, de carro, moto ou bicicleta. Além disso, 60% também afirmam que materiais e resíduos das obras não atrapalham a passagem. Ainda assim, o estudo aponta pontos de atenção: 37% entendem que os caminhos destinados aos pedestres precisam de melhorias, como retirada de obstáculos ou afastamento adequado das máquinas.

No que se refere à sinalização dos desvios de tráfego, 54% consideram as indicações adequadas, um dado que reforça a necessidade de atenção contínua à comunicação visual no local das intervenções.

As entrevistas foram realizadas nos cinco lotes do projeto Novo Inter 2 e contemplam todas as fases da obra — de escavação e drenagem à finalização de calçadas, paisagismo e sinalização viária. O levantamento é estruturado com base em um questionário com nove perguntas, que abordam temas como segurança, acessibilidade, comunicação e desempenho ambiental. Os dados são convertidos em indicadores que ajudam a orientar as ações das equipes responsáveis.

No Lote 5, no bairro Mercês, Antônio Giroto atua como vigia em um local com grande circulação de pessoas. Ele destaca a melhora na infraestrutura: “Mais de 700 pessoas entram aqui todos os dias. As calçadas estão mais bem feitinhas”.

Já para a aposentada Odila Galatti Amorim, que mora próximo à Linha Verde, os benefícios se refletem diretamente na mobilidade urbana: “Para o bairro vai ser ótimo, um benefício para as pessoas. Tem muitas pessoas idosas aqui na região. Tinha muito barulho e poeira quando estavam mexendo aqui, mas as calçadas agora estão boas para caminhar.”

Perfil

O perfil dos entrevistados denota diversidade etária e de usos dos imóveis. Homens e mulheres participam em proporções equilibradas. Quanto à faixa etária, 25,6% dos entrevistados têm entre 18 e 39 anos; 40,7%, entre 40 e 59; 28,6%, entre 60 e 79 anos; e 5,1% têm 80 anos ou mais.

Do total, 13% afirmaram ter alguma necessidade especial ou morar com alguém que tenha. Sobre o uso dos imóveis, 41,4% são de uso residencial, 45,7% comercial e 10,8% misto. Essa diversidade amplia a representatividade do monitoramento e permite uma análise mais completa dos impactos sociais do projeto.

Novo Inter 2

Com investimentos totais de US$ 106,7 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e US$ 26,7 milhões em contrapartidas da Prefeitura, o Projeto Novo Inter 2 integra o Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba e abrange mais de 38 quilômetros de requalificação do percurso das linhas Inter 2 e Interbairros II, que atendem diariamente 181 mil passageiros em 28 bairros.