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Cidade inteligente

Missão francesa aponta trunfos de Curitiba como smart city

Missão francesa aponta trunfos de Curitiba como smart-city. Foto: Divulgação/IPPUC

 

A estrutura técnica e de planejamento de Curitiba dá à cidade condições de evoluir rapidamente na ampliação de serviços com o suporte da ampla base de dados da qual o município dispõe. 

A avaliação é da equipe de trabalho, coordenada pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), que desenvolve estudos com vistas à implantação de um hipervisor urbano, ferramenta de gestão e integração de informações e gerenciamento de serviços públicos. 

“Compreendemos que Curitiba é uma cidade que tem vários trunfos. É uma smart city desde a década de 80. Uma cidade pronta para a inovação”, disse Ettiene Pichot Damon, consultor em open data da empresa francesa Datactivist, parceira da AFD no estudo.

As impressões dos especialistas estrangeiros sobre a capital paranaense foram relatadas nesta sexta-feira (7/2) ao vice-prefeito Eduardo Pimentel, em reunião no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). O encontro encerrou a visita técnica feita pelo grupo à cidade.

“Curitiba é a cidade da inovação e tem isso como prioridade definida pelo prefeito Rafael Greca”, disse Pimentel.

Com Ettienne Damon, estiveram reunidos com Pimentel o diretor de Projetos da AFD, Rogério Barbosa, o especialista em arquitetura de programas na área de Transporte da Egis, Gillaume Morin, e a professora Salete Iunes, da Fesp de São Paulo, que integra a parceria.

Por parte do município, participaram a assessora de Investimentos do Ippuc, Ana Cristina Wollmann Zornig Jayme, o coordenador de Pesquisas e Geoinformação do Ippuc, Oscar Schmeiske, e o coordenador de TI, João Dawybida.

Serviços públicos

Na opinião de Damon, Curitiba é uma cidade que cuida dos seus habitantes. “Isso pode ser medido pela satisfação da população com os serviços públicos”, observou o especialista, que também ressaltou o compromisso das equipes técnicas e a organização da Central de Atendimento ao Cidadão. “Visitamos a Central 156. Não vi algo parecido em outro lugar”, disse.

O trabalho com vistas à implantação do hipervisor urbano faz parte de uma cooperação da Agência Francesa e do município de Curitiba dentro do contexto das smart cities. No ano passado, a convite da agência, técnicos do Ippuc conheceram os sistemas de hipervisores urbanos em funcionamento nas cidades francesas de Paris, Dijon e Lyon.

“É um projeto muito importante. São poucas cidades no Brasil que escolhemos para trabalhar”, disse o diretor de projetos da AFD, Rogério Barbosa. A consolidação do hipervisor urbano envolve um processo colaborativo de inovação que integra a infraestrutura digital, a plataforma de dados da cidade, o ecossistema de inovação local, um centro de inovação, a aplicação de pilotos e o desenvolvimento de novas competências.

Mudança de patamar

De acordo com Gillaume Morin, o hipervisor urbano representa um sistema de acompanhamento de mudança de patamar na oferta de serviços públicos.

Um dos exemplos de benefícios com a integração de dados citado pelos franceses é o sistema de transporte de Londres. Segundo eles, a cidade inglesa alcança uma economia anual de 130 milhões de libras com o melhor compartilhamento de informações dos sistemas viário e de transporte que permitem tomadas de decisões de deslocamento eficientes.

O próximo passo da cooperação estará na consolidação dos dados pelos peritos da AFD e a apresentação de uma proposta de sistema que poderá ser financiado com recursos da agência, caso haja interesse do município.