O prefeito Rafael Greca visitou, nesta quarta-feira (12/5), o ateliê da pintora e desenhista curitibana Lara Baruzzo, da geração de novos artistas figurativos contemporâneos. Com apenas 28 anos e depois de ter iniciado os estudos em Curitiba, ela frequentou escolas de arte da Itália, Espanha e Inglaterra e agora produz para a exposição de uma série de 15 quadros sobre a saga do povo negro no Brasil.
“É uma pungente Via Crucis em que o ser humano feito escravo – elemento essencial da nacionalidade brasileira, ao lado de índios e europeus - é posto no centro de uma releitura da História. Todo esse esforço de estudo, técnica e beleza da promissora artista deverá ser exibido ao público por ocasião das celebrações pelos 200 anos da Independência do Brasil, no próximo ano, qualificando nossa História com as tintas da glória que o povo merece”, disse Greca.
Formação clássica, olhar contemporâneo
Formada na técnica renascentista aprendida em Florença, na Itália, que valoriza a observação e o desenho minucioso da figura humana no planejamento anterior à realização da futura obra de arte, Lara dedica muitas horas à elaboração de cada quadro do políptico da Via Crucis.
“Cheguei a fazer mais de 40 desenhos até chegar à melhor solução”, conta, referindo-se ao demorado processo criativo.
Misturando elementos da arte clássica e da contemporânea, Lara faz releituras particulares das grandes questões sociais do Brasil, a exemplo do racismo. Também se dedica à execução de réplicas, retratos e ao design de marcas, além de dar aulas para pequenos grupos de alunos.
Acompanharam Greca na visita ao ateliê de Lara Baruzzo o diretor artístico da Fundação Cultural de Curitiba, Édson Bueno, e o arquiteto Guilherme Klock, do Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba).