O curitibano Luigi Galvan Peceguini, de 17 anos, e seus pais viveram, nesta semana, um dos momentos mais felizes de suas vidas: Luigi foi aprovado na Universidade Federal do Paraná (UFPR). A emoção já seria grande apenas com este resultado. No entanto, foi bem maior porque Luigi foi aprovado em primeiro lugar na classificação geral. “Minha mãe quase bateu o carro quando o reitor ligou. A gente estava indo para o banho de lama”, contou o menino bem-humorado.
Na tarde desta quinta-feira (16/1), ele, que foi aprovado no curso de Engenharia Mecânica, e a mãe, Rosani Galvan, foram recebidos pelo prefeito Rafael Greca no Palácio 29 de Março.
“Luigi, você é um orgulho para Curitiba”, disse o prefeito. O menino também manifestou alegria pelo encontro com o prefeito e contou que a escola onde estudou (Marista Paranaense) foi sua segunda família.
Luigi sempre gostou de matemática e de física. No vestibular, teve um bom resultado na redação. “Tirei uma boa nota, me surpreendi”, contou ao prefeito, que destacou a importância de escrever bem. “Isso é porque você lê também. A leitura nos provoca a reflexão”, disse Greca.
A mãe de Luigi disse que sempre estimulou o hábito de leitura e o tempo para a brincadeira, e que o menino demorou a ter videogame e celular. “A gente fixava tempo para os eletrônicos”, explicou Rosani, que é jornalista.
Luigi escolheu a carreira de engenheiro mecânico no início do ensino médio, a mesma profissão do pai, João Cesar Peceguini. O objetivo era passar no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), resultado que ele não conquistou desta vez. “Este ainda é meu objetivo. É uma instituição difícil de entrar, é a mais prestigiosa para as engenharias. Vou tentar novamente”, declarou Luigi.
O sonho de Luigi, que desde bem pequeno gosta de carros, é ser engenheiro de automobilismo.
Para Rosani Galvan, o jovem precisa receber estímulos em casa, na escola e o poder público também tem o seu papel. “O poder público tem que dar a sua contrapartida”, declarou ao comentar o programa Primeiro Emprego em Tecnologia (1º Empregotech), lançado nesta semana. O programa vai oferecer gratuitamente curso de programação de computação para jovens entre 16 e 22 anos.
Disciplina e autoconhecimento
O rapaz de 1,90 metro e sorriso largo conta que para passar no vestibular planejou seu tempo, reservando aproximadamente 30 horas semanais ao estudo e cerca de 15 horas para o lazer, que para ele é tocar viola, nadar e um pouco de tempo para as redes sociais.
“Eu até pensei em sair das redes sociais neste ano de preparação para o vestibular, depois achei que se eu dosasse o tempo, poderia funcionar. É importante saber separar”, detalhou.
Aos jovens que, como ele, buscam uma vaga na universidade, Luigi diz que autoconhecimento é um importante recurso nesta fase.
“Temos que saber qual é a nossa força e a nossa fraqueza, nossa personalidade. Isso nos ajuda a tomar a melhor decisão, escolher o curso, definir prioridades. Cada um tem seu ritmo. O importante é a gente estar feliz com o que a gente faz. Como fazemos esta escolha muito jovens, acho que estar indeciso não é problema. Temos tempo para escolher”, ensina.
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