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Diálogos Urbanos

Ippuc debate a consolidação de Curitiba como cidade inteligente

Palestra da presidente da Agência Curitiba, Cris Alessi, ministrada na tarde desta quarta-feira (20/2), no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Foto: Divulgação

O entendimento do que se considera uma cidade inteligente passa pelo impacto que a inovação tem na vida dos habitantes. O processo de construção, as experiências das chamadas smart cities ao redor do mundo e o que está sendo trabalhado em Curitiba neste campo foram destaques da palestra da presidente da Agência Curitiba, Cris Alessi, ministrada na tarde desta quarta-feira (20/2), no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

O encontro abriu a rodada deste ano do Projeto Diálogos Urbanos, de discussão mensal e intercâmbio de conhecimentos sobre o futuro de Curitiba, organizado pela Supervisão de Informações do instituto. “Abrimos os Diálogos Urbanos com um tema oportuno e convergente às ações de Curitiba, que será sede, em março, do Smart City Expo, o maior evento de cidades inteligentes do mundo”, ressaltou a supervisora de Informações do Ippuc, Liana Vallicelli.

Na apresentação ao corpo técnico do Instituto de Planejamento, a presidente da Agência Curitiba ressaltou o compromisso do prefeito Rafael Greca no encaminhamento de Curitiba à inovação. “Desenvolvimento e inovação caminham juntos. É uma dobradinha que está impulsionando cidades ao redor do mundo. Em Curitiba, o prefeito tem orientado essas ações dentro do contexto do Vale do Pinhão.”

Cris Alessi citou a afirmação do pesquisador norte-americano e PhD em urbanismo, Boyd Cohen, especialista em empreendedorismo, inovação e cidades inteligentes, como uma das referências aplicadas por aqui. Segundo Cohen, as cidades inteligentes são aquelas que conseguem se desenvolver economicamente e ao mesmo tempo aumentam a qualidade de vida dos habitantes ao gerar eficiência nas operações urbanas.

@22

O exemplo do @22, Distrito de Inovação de Barcelona, implantado na antiga zona industrial da cidade catalã, é um modelo que inspira Curitiba por uma similaridade com a área do Rebouças, antigo distrito industrial da capital e berço do Vale do Pinhão.

A utilização da arquitetura fabril ociosa para a atração de novos empreendimentos, a integração tecnológica e a implantação de moradias, aplicada na Catalunha, é uma possibilidade em estudo por aqui, proposta na nova Lei de Zoneamento para o Vale do Pinhão.

“A lição que me deixa entusiasmada é a da multidisciplinaridade, aplicada desde o início no projeto de Barcelona e que acontece de forma permanente. Por isso o ecossistema é importante, porque integra todos os diferentes ativos disponíveis e complementares em uma cidade”, observou Cris Alessi.

O projeto de Barcelona teve como componentes a preservação de áreas verdes, a construção de estruturas sustentáveis com utilização de energias renováveis, a integração de moradia e mobilidade. Foi a integração de tecnologia, sustentabilidade e inclusão sob um processo de governança.

Cris Alessi também citou a tipologia das consideradas cidades inteligentes ao redor do mundo, com base em estudo do Centro de Pesquisa de Cidades da JLL, divididas como emergentes, híbridas, empreendedoras e megahubs (São Paulo entre elas).

Londres é referência pela utilização do bigdata, tendo 700 conjuntos de dados abertos que resultaram na modernização de serviços e a oferta de soluções para o benefício dos cidadãos. Outro exemplo citado foi o de Austin, Texas, como polo de atração de grandes empresas.

Calendário

A palestra da presidente da Agência Curitiba ao corpo técnico do Ippuc foi o quarto evento e o primeiro de 2019 do projeto Diálogos Urbanos. A série foi aberta em 30 de outubro do ano passado, com o tema Planejamento Urbano, apresentado pelo arquiteto Clovis Ultramari, professor junto ao programa de pós-graduação em Gestão Urbana da PUC-PR.