Ouvir músicas que não costumam ser tocadas nas rádios e refletir sobre a importância de cuidar da saúde física e mental foi o objetivo da atração proporcionada, nesta segunda-feira (29/10), aos 90 idosos que frequentam serviços e atividades da Prefeitura na Regional Pinheirinho. As apresentações aconteceram na Rua da Cidadania como parte do 2º Encontro Prevenção é o Melhor Remédio da regional.
Entre os participantes estavam idosos dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Fundação de Ação Social (FAS). Na Regional Pinheirinho, há 14 grupos frequentados por aproximadamente 150 pessoas. Quando elas não estão fazendo atividades de campo monitoradas por técnicos da FAS, reúnem-se para aprender diferentes técnicas de trabalhos manuais.
“É uma forma de incentivar práticas que repercutem na qualidade de vida e proporcionam convivência, uma vez que pessoas de diferentes grupos têm a oportunidade de se conhecer, conversar e, quem sabe, fazer uma bela amizade”, explicou a gerente de Proteção Social Básica da Regional Pinheirinho, Suzete Fanchin.
No evento desta segunda-feira, também participaram frequentadores das atividades da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude na região e da Unidade de Saúde Vila Clarice, instalada no bairro Novo Mundo.
Idosos na plateia e no “palco”
Entre os idosos que se conheceram por meio desses encontros estavam as amigas e aposentadas Maria Helena Magalhães, de 63 anos, e Isolete de Oliveira Quintino, de 62. Ambas frequentam o grupo da Associação de Moradores do Pinheirinho (Amopi), onde fazem trabalhos manuais.
Nos encontros semanais do grupo, Maria Helena prefere bordar, mas, quando surge a oportunidade, não perde os passeios. “É muito importante para a gente se renovar”, opinou.
À frente do auditório, no espaço reservado às atrações, os idosos também tiveram lugar. Foi o caso da aposentada e representante comunitária Anoema Lopes Sant’Ana, de 65 anos. Ela assumiu o lugar depois da apresentação A Era de Ouro do Rádio, dos músicos da Eli Siliprandi e Daniela Livramento, com composições de Heitor Villa-Lobos e clássicos da canção popular brasileira.
Anoema ajudou a equipe da Unidade de Saúde Vila Clarice a encenar peças de curta duração sobre como vencer a depressão. Fantasiada com um traje usado em um antigo desfile do bloco carnavalesco Rancho das Flores, ela representou a depressão - problema de saúde mental que pode se esconder até mesmo por trás de uma aparência alegre. “É algo grave e que precisa ser melhor conhecido pelas pessoas, jovens e idosas”, disse a aposentada, que frequenta o Grupo Alegria, no bairro Fanny.