Nesta terça-feira (17/12), o Conselho de Administração do Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC) se reuniu na Capela Santa Maria para apresentar o relatório de atividades realizadas entre 2017 e 2024. O encontro, liderado pelo diretor executivo Marino Galvão Jr., destacou números expressivos e reafirmou a importância do instituto para a execução das políticas culturais em Curitiba.
De acordo com o relatório, ao longo dos últimos sete anos, o ICAC realizou 35.521 atividades culturais, alcançando diretamente 6,7 milhões de pessoas. As ações do instituto abrangeram áreas como música erudita, música popular, literatura, dança, audiovisual, economia criativa e eventos culturais que movimentam a cidade.
Outro dado de destaque foi o impacto gerado nos bastidores das atividades culturais: anualmente, o ICAC beneficia aproximadamente 1.384 pessoas diretamente, incluindo colaboradores CLT e prestadores de serviços. Além disso, 17% das receitas do instituto tiveram origem em patrocinadores, parcerias e receitas das atividades, sendo grande parte desse montante destinada à contratação de artistas, e manutenção dos espaços culturais o que reforça seu papel como motor de desenvolvimento cultural e econômico local.
A reunião também enfatizou o reconhecimento nacional do ICAC como um dos 13 casos de sucesso em parcerias público-privadas de impacto social no Brasil, conforme o estudo Mapa da Contratualização realizado pela Organização Comunitas. Entre mais de 7 mil contratos analisados, o ICAC foi a única organização da área cultural a figurar entre as instituições de destaque. (Leia a matéria aqui)
“Os números apresentados não apenas demonstram a eficiência e o alcance do ICAC, mas também refletem o impacto transformador que a cultura pode ter em uma cidade. Por meio de contratos de gestão é possível ganhar em agilidade, produtividade e eficiência na utilização de recursos públicos”, afirma Paulo Zuben, conselheiro do ICAC e presidente da Associação Brasileira das Organizações Sociais de Cultura - ABRAOSC.
Composição do Conselho
A gestão do Conselho de Administração do ICAC é formada por Mônica Guimarães Santana, representante do Poder Público Municipal, que atua como presidente, e Oksana Paludzyszyn Meister, da Comissão de Cultura da OAB/PR, como vice-presidente. Os conselheiros incluem Loismary Angela Pache e Frederico A. Munhoz da Rocha Lacerda, ambos representantes do Poder Público Municipal, além de Paulo Roberto von Zuben, da Associação Brasileira de Organizações Sociais de Cultura (ABRAOSC), e Liana Justus do Centro Paranaense Feminino de Cultura. Eloi Vieira Magalhães, da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP/PR) e Andrea Motta Paredes, da Academia Paranaense de Letras (APL/PR), também integram o conselho como membros indicados.
"A reunião de hoje não apenas encerra um ano de realizações, mas também reafirma o compromisso do ICAC com a consolidação de uma gestão cultural eficiente e de impacto social. Estamos vendo o reflexo de um trabalho contínuo e bem-sucedido que coloca Curitiba como referência no cenário cultural nacional", afirmou a conselheira Mônica Guimarães Santana, representante do Poder Público Municipal, que atua como presidente.
Uma trajetória de sucesso
Fundado em 23 de janeiro de 2003, o ICAC é uma entidade sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Decreto Municipal 1107/2003. Desde 2004, o instituto atua em parceria com a Fundação Cultural de Curitiba (FCC), desempenhando um papel fundamental na implementação das políticas culturais da cidade. Atualmente, o trabalho do ICAC se apoia em quatro pilares principais: gestão de equipamentos culturais, administração de grupos artísticos, execução de programas culturais e produção de grandes eventos.
Entre os grupos gerenciados estão a Camerata Antiqua de Curitiba, os grupos do Conservatório de MPB, como as Orquestras À Base de Sopro e À Base de Corda, além do Vocal Brasileirão, Grupo Brasileiro e Coral Brasileirinho. O ICAC também é responsável pela Banda Lyra, o Grupo Choro e Seresta e por espaços icônicos como a Capela Santa Maria, o Cine Passeio, o Memorial Paranista, o Teatro da Vila e a Casa Hoffmann.
“O Instituto Curitiba de Arte e Cultura é resultado da visão inovadora da Fundação Cultural de Curitiba, que há 20 anos apostou em um modelo de gestão cultural ousado e eficiente. Essa decisão pioneira colocou Curitiba na vanguarda das políticas culturais no Brasil, e hoje a cidade segue colhendo os frutos dessa parceria, que continua a transformar a cidade por meio da arte e da cultura”, afirmou Marino Galvão Jr, diretor-executivo do instituto desde 2015.