Tirolesa (cabo aéreo ancorado entre dois pontos), falsa baiana (uma corda para apoio dos pés e outra na altura da cabeça) e rapel (descida de um paredão com a ajuda de uma corda dupla) são as atividades que as crianças e adolescentes da Guarda Municipal Mirim mais gostam de praticar em acampamentos e acantonamentos.
Para melhor atendê-los, na última semana os 20 guardas coordenadores educacionais do projeto participaram de uma capacitação prática de atividades com corda, na Rua da Cidadania da Fazendinha. “Estamos formando técnicos em corda para atividade de arvorismo e lazer que a Guarda Municipal Mirim realiza”, explicou o organizador da capacitação, Tede Bridarolli.
Como as atividades envolvem altura, é primordial cuidar da segurança das crianças. “A capacitação é importante para que possamos desenvolver um trabalho seguro com eles. Essas atividades são a 'cereja do bolo', aquelas que mais gostam de participar”, comenta o coordenador educacional Fernan Cornelian.
Desde 2004
Aproximadamente 50 mil crianças e adolescentes de 7 a 17 anos já passaram pela Guarda Municipal Mirim, que existe há 14 anos. Esse resultado, que equivale a 1.666 turmas de educação fundamental, é fruto de uma parceria entre as secretarias da Defesa Social e Trânsito e da Educação para reduzir a violência no ambiente escolar.
Presente em 26 escolas municipais, o projeto nasceu na Escola Donatilla Caron dos Anjos, no Uberaba, e com o tempo ganhou conteúdos de cidadania e civismo. Na época da criação do projeto, a unidade registrava casos de bullying, mau comportamento e brigas entre os estudantes.
A frequência com que essas ocorrências se repetiam motivou uma reunião entre pais, direção e representantes da Guarda Municipal, a fim de encontrar uma solução para o problema.
A resposta veio na forma de passeios, palestras e noções de disciplina, oferecidos uma vez por semana, no turno oposto ao das aulas regulares, e coordenados pela Guarda Municipal.
“Os resultados aparecem na qualidade de vida dos guardas mirins e também dos professores, colegas e famílias”, observa o guarda municipal Marcelo Boza, que divide a gestão do projeto com 19 colegas.