Universitários das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil participaram, nesta sexta-feira (27/4), da décima quarta edição do Ciclo de Palestras sobre a Experiência em Gestão Urbana de Curitiba, no Salão de Atos do Parque Barigui. O evento reuniu 321 estudantes de ensino superior das áreas de arquitetura, engenharia, administração pública e turismo vindos de São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Goiânia, Anápolis, Barueri, Joinville, Laguna, Braço do Norte, Londrina dos municípios de Pinhais, São José dos Pinhais e também de faculdades de Curitiba.
“Curitiba é uma referência no mundo para quem trabalha com urbanismo. É a cidade de vanguarda que promoveu uma verdadeira revolução quando optou por estimular o transporte coletivo na década de 70”, disse o professor da disciplina de Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Francisco Ferreira, que pela segunda vez trouxe os alunos de Florianópolis para participar do evento.
No evento, especialistas do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) e da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) apresentaram o histórico e as perspectivas do planejamento urbano da capital paranaense.
A arquiteta Daniele Moraes, da Assessoria de Relações Externas do Ippuc, abordou o histórico do planejamento de Curitiba desde o Plano Agache (1943) ao Plano Diretor de 1966, além de apresentar detalhes da implantação do sistema de transporte coletivo, do planejamento viário e as regras de uso do solo, como também o projeto do Vale do Pinhão.
O diretor técnico da Cohab, Mauro César Kugler, fez um panorama sobre as políticas públicas habitacionais da Companhia, desde as primeiras diretrizes para regularização fundiária até os atuais projetos de produção de habitação de interesse social. Um exemplo deste processo foi a criação das Vilas de Ofício, na primeira gestão do prefeito Rafael Greca, que integram moradia e trabalho num mesmo ambiente, potencializando a geração de renda dentro da própria comunidade.
Sistemas construtivos
Entre as ações do poder municipal para a revitalização de áreas ocupadas foram destacadas a avaliação de materiais inovadores, o Fundo Municipal de Habitação e os instrumentos urbanísticos do solo criado. “Buscamos materiais e sistemas construtivos alternativos e inovadores com o objetivo de manter a qualidade e o conforto dos moradores”, explicou Kugler.
A engenheira florestal da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Dâmaris Seraphim, apresentou as unidades de conservação de Curitiba (como os parques, praças e reservas ambientais). Também exemplificou o funcionamento da gestão dos resíduos sólidos e falou da transferência de potencial construtivo para a preservação de áreas verdes.