O Fórum Curitiba sobre Mudanças Climáticas se reuniu nesta segunda-feira (08), no auditório da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). A última reunião deste ano do fórum teve como tema a sustentabilidade da tecnologia de LED (light emitter diode) na iluminação e seus impactos no município de Curitiba.
“Cerca de 70% da iluminação pública no Brasil ainda depende de lâmpadas de mercúrio. Curitiba não utiliza esse tipo de lâmpada desde o ano 2000, mas a tecnologia LED está em fase de evolução no mundo todo e em breve estará mais barata e mais presente em nosso cotidiano”, afirma o diretor de Iluminação Pública da Secretaria Municipal de Obras, Rodinei Caetano.
Atualmente Curitiba possui 160 mil pontos de iluminação pública, dos quais 93% utilizam lâmpadas de vapor de sódio, 6% vapor metálico e 1 % outras tecnologias, apresentando um custo anual de destinação e descarte no valor de R$ 150 mil.
“As projeções mostram que até 2020, 70% das lâmpadas serão de LED. Hoje representam apenas 10% do total mundialmente utilizado. Gradativamente a tecnologia será implantada na iluminação pública por causa de seus grandes benefícios. As lâmpadas com tecnologia LED apresentam um custo reduzido de manutenção, boa eficiência, maior vida útil,alta resistência a impactos e vibrações, funcionamento em baixa voltagem e um consumo menor de energia”, explica Caetano.
Para o superintendente de Obras e Serviços da Secretaria do Meio Ambiente, Alfredo Trindade, os esclarecimentos sobre a tecnologia LED e sua aplicação na gestão municipal são muito importantes. “Cabe aos gestores solucionar as questões atuais e planejar o caminho com soluções sustentáveis para os problemas energéticos e ambientais”, disse.
O Fórum Curitiba sobre Mudanças Climáticas foi instituído pelo Decreto Municipal nº 1186 / 2009 e tem como objetivo debater e propor medidas de mitigação e adequação as inevitáveis mudanças climáticas para a cidade de Curitiba, por meio de recomendações técnicas encaminhadas à administração municipal para fundamentar suas discussões. O Fórum pode convidar profissionais de notório saber para apresentar e discutir temas, promover encontros e debates e solicitar a realização de pesquisas e estudos específicos para embasar as suas recomendações técnicas.
Inoperante durante os anos de 2011 e 2012, o Fórum foi reativado em 2014. Durante este ano foram realizados uma reunião geral do Fórum, três reuniões da Câmara de Mitigação e uma da Câmara de Adaptação. Foram discutidos e apresentados temas como o Plano Municipal de Drenagem e riscos ambientais, inventário dos gases do efeito estufa durante o período da Copa do Mundo e o inventário dos gases do efeito estufa do município.
O Fórum Curitiba sobre Mudanças Climáticas é composto pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Urbanização de Curitiba S. A (URBS), Fundação O Boticário, Fundação Getúlio Vargas (FGV/PR), Sociedade Paranaense de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Universidade Positivo, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Pontifícia Universidade Católica (PUC/PR) e Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).