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Maratona literária

Festival da Palavra termina com auditório do MON lotado e conversa bem-humorada de escritores

Carpinejar, Socorro Acioli, Andrea Del Fuego, Veronica Stigger, Luci Collin, Marino Galvão Júnior e Luiz Felipe Leprevost. Foto: Cido Marques

Em clima de humor e descontração, chegou ao fim, na noite deste domingo (14/9), o III Festival da Palavra de Curitiba, maranota literária e cultural que tomou conta do Centro na última semana. No palco do Museu Oscar Niemeyer, as autoras Socorro Acioli, Andréa del Fuego e Veronica Stigger participaram de um bate-papo animado e divertido sobre os caminhos da escrita contemporânea mediado pelo escritor Fabrício Carpinejar.

As autoras compartilharam experiências sobre processos criativos, inspirações e bloqueios na escrita. Andrea Del Fuego destacou sua dificuldade em não repetir fórmulas na linguagem. “Não consigo repetir, cada ideia exige uma nova forma”, afirmou a autora de A Pediatra (2021), livro que escreveu em um mês. Andréa é vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura com Os Malaquias (2011).

Veronica Stigger ressaltou a centralidade da linguagem em sua obra e a influência das vanguardas modernistas. “Gosto de experimentar formas literárias”, disse a autora de Krakatoa (2024). Ela tem na trajetória prêmios como Jabuti, Machado de Assis e Açorianos.

Socorro Acioli, autora de Oração para Desaparecer (2023) — livro mais vendido na livraria da Flip (Feira Literária Internacional de Paraty) em setembro — contou que escreve desde a infância e que o insólito sempre esteve presente em sua obra. “A fabulação na minha escrita vem de histórias reais da minha família”, destacou Socorro.

Plateia

Durante todo o bate-papo, a plateia reagiu com risos e aplausos ao longo da conversa das escritoras. Entre o público estava a turista Thaís Morgado, de Aracaju, capital do Sergipe, acompanhada da filha Nina, de 4 anos. “Descobri esse evento maravilhoso por acaso e não perdi a oportunidade. Fiz questão de esperar pelo autógrafo do Carpinejar”, disse.

O encontro também contou com a presença do presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marino Galvão Júnior, o diretor da Biblioteca Pública do Paraná, Luiz Felipe Leprevost, e da curadora do festival, Luci Collin.

O festival

Realizado entre quarta e domingo (10 e 14/9), o Festival da Palavra movimentou o Centro de Curitiba com oficinas literárias, rodas de leitura, espetáculos, sessões de cinema e programação infantil. Cerca de 200 escritores e artistas locais da cena nacional celebraram a palavra em suas múltiplas expressões.

Este ano o evento aconteceu em 26 espaços da cidade, entre eles a Rua da Literatura, um eixo de equipamentos culturais do Belvedere, onde fica a sede da Academia Paranaense de Letras, até o Bondinho da Leitura, no calçadão da Rua XV de Novembro. Nesse trecho da rua Ébano Pereira, sete locais contaram com eventos do Festival da Palavra.