A Fundação de Ação Social (FAS) e o Ministério Público vão trabalhar em conjunto para aperfeiçoar o serviço de acolhimento de adolescentes no município. Técnicos dos dois órgãos definirão novas formas de monitoramento de informações e índices sobre esse público e, sob orientação da 2ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude do Ministério Público do Paraná, a fundação implantará um projeto-piloto para atendimento a meninos de 14 a 18 anos.
O projeto deverá atender em uma unidade da FAS os adolescentes que estejam frequentando a escola e cursos profissionalizantes, que não tenham cometido atos infracionais e não façam uso de substâncias psicoativas.
O MP estabelecerá os critérios para a escolha do público a ser abrigado no equipamento, conforme definido em reunião do presidente da FAS, Thiago Ferro, com a promotora de Justiça Mariana Seifert Bazzo, da 2ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude do Ministério Público do Paraná, e técnicos dos dois órgãos nesta quarta-feira (19/6).
Qualificação
O pedido se baseia em um diagnóstico feito pelo MP que apontou deficiências na frequência dos adolescentes na escola e em cursos profissionalizantes.
“Estamos buscando qualificar todos os nossos serviços de acolhimento que atendem crianças, adolescentes, mulheres, idosos, pessoas em situação de rua. Acolhemos o diagnóstico do Ministério Público com bons olhos porque ele vem somar com os acompanhamentos sistemáticos que já são feitos pela Prefeitura para fortalecer os serviços”, disse Thiago Ferro.
O projeto será desenvolvido por 12 meses. Paralelamente, a FAS adotará medidas que possam garantir que os cerca de 60 meninos de 14 a 18 anos abrigados hoje em três unidades frequentem mais a sala de aula e os cursos de capacitação profissional.
“Precisamos preservar os direitos desses jovens que, fora da escola e de cursos profissionalizantes, ficam sem perspectiva, porque não têm chances de adoção e de reintegração familiar”, comentou a promotora.
O presidente da FAS falou do programa Família Acolhedora, nova modalidade de atendimento que será adotada no município para proteção de crianças e adolescentes que tiveram direitos violados e são afastados das famílias ou dos responsáveis. Thiago destacou ainda o esforço para qualificar os servidores para aprimorar os serviços e aumentar a empregabilidade dos adolescentes.
Atualmente, 555 crianças e adolescentes vivem em acolhimentos oficiais e conveniados no município.
Presenças
Participaram da reunião a promotora Vanessa Lacerda, da Promotoria de Justiça do Pinheirinho, e as assistentes sociais do Centro de Apoio Técnico à Execução do Ministério Público do Paraná, Andressa Bremm e Tamires Cristina Vigolo. Da FAS estiveram presentes a superintendente de Gestão, Cláudia Estorílio, a assessora jurídica, procuradora Bárbara Andrzejewski Massuchin Bessa, a assessora de Planejamento, Roberta Pivato Borges de Melo, e a diretora de Proteção Social Especial, Aline Javornik.