Curitiba será a primeira cidade brasileira a receber o lançamento do Programa Vem Viver – Juntos pela Proteção da Vida, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que mobiliza gestores públicos e a sociedade civil num esforço para a diminuição da morte precoce de crianças e adolescentes.
O lançamento será nesta quarta-feira (10/11), às 10h, na Rua da Cidadania do Bairro Novo, com a participação do vice-prefeito, Eduardo Pimentel. No dia 16, as ações serão lançadas na Regional Tatuquara, no Centro de Esportes e Lazer Santa Rita.
O Departamento de Política Sobre Drogas da Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito é o gestor do projeto-piloto em Curitiba, em parceria com o Instituto Construindo um Lugar Seguro, organização da sociedade civil cadastrada junto ao ministério, além da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho.
As ações serão desenvolvidas em 20 escolas estaduais do município, dez em cada regional participante (Bairro Novo e Tatuquara). Caberá ao município, a articulação de todas as políticas públicas pra o desenvolvimento do projeto-piloto, que terá duração até junho de 2022.
De acordo com Thiago Ferro, diretor do Departamento de Política sobre Drogas, o objetivo principal é frear a letalidade infantil e fazer a proteção das crianças.
“A partir dessas escolas vamos mapear território e formar uma rede de proteção para crianças e adolescentes, através da família, escola, sociedade, com o objetivo de dar alternativas de um futuro melhor”, explicou Thiago Ferro.
Segundo o Ministério da Mulher, o programa visa promover a garantia do direito à vida e a redução da violência contra crianças e adolescentes no Brasil, articulando representantes do poder público e da sociedade civil, a fim de formar uma rede de agentes de proteção para diminuição da letalidade infantojuvenil.
Dados revelados em fóruns de proteção às crianças e adolescentes, promovidos pelo ministério no ano passado, apontaram que, a cada dia, 27 meninos, meninas e adolescentes de 10 a 19 anos de idade foram vítimas de homicídios em 2018, totalizando quase 10 mil adolescentes assassinados no Brasil. Uma das principais causas é envolvimento com tráfico drogas.
“Crianças em situação de risco são presas fáceis do tráfico porque a lei garante a elas proteção em função da menor idade. A ideia é quebrar este elo e fortalecer as redes de proteção para que as crianças se desenvolvam em um ambiente sadio”, comentou Thiago Ferro.
O programa contempla crianças e adolescentes de 6 a 18 anos. Mais de 90% são do sexo masculino, 75% negros e a maior parte das famílias são de baixa renda.