A equipe Cyber Rex, da Escola Municipal Prefeito Omar Sabbag, no Cajuru, foi campeão do Torneio Regional de Robótica First Lego League 2015 (FLL) e garantiu uma vaga para disputar a etapa nacional em Brasília, em março de 2016. A competição foi organizada pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e aconteceu no Pavilhão Horácio Coimbra no Campus da Indústria, no Jardim Botânico.
Apaixonados por tecnologia, os estudantes da equipe Cyber Rex criaram um aplicativo que leva o nome EcoCyber Scanner. O recurso tem como objetivo ajudar no descarte correto do lixo em Curitiba, onde é produzida por dia 1,8 tonelada de lixo.
A estudante Isabeli Kock, de 13 anos, explica que o aplicativo ajuda na hora da compra. “Com acesso pelo celular o consumidor pode escolher qual o produto que agride menos o meio ambiente e onde a embalagem deverá ser descartada. Nossa expectativa é sensibilizar as pessoas sobre a importância do descarte correto e do prolongamento do uso dos objetos como forma de preservar os recursos do planeta e a vida das pessoas”, esclarece Isabeli.
O anúncio dos vencedores aconteceu na tarde deste sábado e encerrou a fase estadual da competição Trash Trek que mobilizou os estudantes a desenvolverem pesquisas e buscar soluções para os problemas gerados pelo excesso de lixo nas cidades. “Força, garra, determinação, criatividade e inovação fizeram com que os alunos da equipe, ficassem em 1.° lugar no Torneio de Robótica FLL. É resultado do envolvimento de todos: estudantes, professores, escola, família e comunidade”, explica a professora Lis Cavalcanti, coordenadora do projeto de Robótica da Escola Omar Sabbag.
Yasmin Oliveira Gonçalves, de 14 anos, é uma das premiadas e explica que sua equipe focou na criação de um robô inovador, leve e de fácil locomoção. “Para a gente essa competição foi um grande desafio. Além de ser uma proposta que exige muito de pesquisa e tecnologia, precisamos nos concentrar na união da equipe e traçar nossos caminhos de trabalho para chegar a um projeto de sucesso. Estou muito feliz com o resultado e o reconhecimento de todo nosso esforço”, afirma a menina.
A Escola Municipal Coronel Durival de Britto e Silva também conquistou uma vaga para disputar o nacional. A equipe Conectados foi classificada em quarto lugar geral da competição que reuniu mais de 600 estudantes dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para a estudante Elisa Ribeiro, de 12 anos, o trabalho só começou. “Vamos para o nacional demonstrar ainda mais esforço, dedicação e comprometimento. Estamos felizes com o resultado”, diz.
Desafios
Na competição, a garotada precisou defender a pesquisa e apresentar um protótipo de robô construído para a execução de desafios que serão apresentados durante a prova.
A Rede Municipal de Ensino de Curitiba foi representada por sete equipes que se dedicaram ao tema, buscando aliar com perfeição a ciência e a tecnologia nos projetos apresentados. A equipe Ciberrobótica, da Escola Municipal Julia Amaral Di Lenna, foi destaque como iniciante nos desafios do FLL, apresentando um projeto de pesquisa que procurou sensibilizar alunos e comunidade sobre a importância da separação do lixo na cidade.
A equipe Wave Robotics Team, do CAIC Cândido Portinari, pesquisou a reciclagem de materiais para construção de brinquedos e objetos do cotidiano. Já os estudantes da Escola Municipal São Miguel desenvolveram o projeto E-Lixo, com abordagem do destino para o lixo eletrônico. A equipe Papa Power, da Escola Papa João XIII, procurou uma solução para dar um destino adequado aos alimentos descartados e criou uma composteira e um biodigestor.
A equipe Conectados, da Escola Coronel Durival de Britto e Silva, preocupada com o destino correto da goma de mascar, criou o Ecochicle – lixeiras próprias para o descarte da goma de mascar. A equipe Team Actions, formada por estudantes de Altas Habilidades da Rede Municipal de Ensino de Curitiba, criou um projeto baseado nos três pilares da sustentabilidade: social, econômico e ambiental
Torneio FLL
O FLL é um programa internacional criado para despertar o interesse dos estudantes em temas como ciência e tecnologia dentro do ambiente escolar. O torneio é voltado para crianças e adolescentes de 9 a 16 anos. Cada grupo foi composto de no mínimo 4 e no máximo 10 participantes.
As melhores equipes na etapa sul-brasileira se classificam para a nacional que será realizada em Brasília, em março de 2016. O vencedor desta fase garante vaga no World Festival que acontece nos Estados Unidos. A competição vai ser realizada em abril de 2016 na cidade de Saint Louis, no Estado do Missouri. O World Festival reúne os campeões de vários torneios de robótica pelo mundo.