Histórias inspiradoras de seis gestoras de Organizações da Sociedade Civil parceiras da Fundação de Ação Social (FAS) foram apresentadas no painel Mulheres que Fazem a Diferença no Terceiro Setor, nesta terça-feira (19/4), no Salão de Atos do Parque Barigui.
O evento para servidores e representantes de instituições sociais promoveu a valorização da mulher que gera impacto social no município, ofertando serviços que atendem a população em situação de vulnerabilidade e risco social.
Maíra de Oliveira, da Associação Franciscana de Ensino ao Cidadão Especial (Afece), irmã Anete Giordani, do Centro de Assistência Social Divina Misericórdia, e Renata Pozzi, do Projeto Maestro da Bola, contaram sobre suas trajetórias no atendimento a pessoas com deficiência, crianças, adolescentes e pessoas idosas. Em suas instituições, elas ofertam, em parceria com a FAS, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV).
O evento teve ainda a participação de Celina dos Santos, da Abba Promoção Social, de Laurinete Tavares dos Santos, do Lar Moisés, e de Mirian do Rocio Simioni, da Associação de Educação Familiar e Social do Paraná. Elas falaram sobre as experiências no atendimento a crianças e adolescentes que vivem em acolhimentos institucionais e sobre os serviços de aprendizagem profissional e de convivência e fortalecimento de vínculos.
Experiência de vida
“Não aprendi a ser gestora na academia, aprendi na casa dos meus pais, ainda menina, que o dinheiro recebido de uma safra de uva deveria manter a família por um ano. Aprendi com minha mãe a ser assistente social ajudando os vizinhos e suas famílias quando alguém ficava doente ou morria”, contou irmã Anete. Gaúcha, descendente de italianos, ela administra há 23 anos o Centro de Assistência Social Divina Misericórdia, que atende atualmente 350 crianças e adolescentes, de 4 a 17 anos, além de 250 pessoas idosas.
Ao contar sua trajetória, arrancando risos da plateia, irmã Anete destacou que o respeito nas decisões de investimentos é fundamental para quem atua no Terceiro Setor - formado por instituições privadas, sem fins lucrativos e que prestam serviços de caráter público. “Isso porque todo recurso que entra não é seu, é exclusivo para o serviço das pessoas que atendemos e são as que mais precisam”, disse a religiosa, que fez Magistério e se formou em Contabilidade e Serviço Social.
Valorização
O diretor de Relações com o Terceiro Setor da FAS, Admaro Anderson Pinto, explicou que, ao realizar o painel, o município espera identificar pessoas, instituições e interessados no Terceiro Setor. “A ideia é aproximá-los e conectá-los, estimulando a criação de uma rede”, disse.
Além disso, o evento teve o objetivo de promover a valorização de mulheres, gestoras de OSCs, consideradas referência na execução de suas funções, pelo alcance de seu trabalho.
“Reunimos aqui gestoras que desempenham papel fundamental na defesa de direitos, atuam como um alicerce na sociedade, colaborando na oferta de serviços essenciais”, ressaltou Admaro.
Para o diretor, tão importante quanto as organizações sociais são as parcerias existentes entre o poder público e o Terceiro Setor, que possibilitam a ampliação e o fortalecimento dos serviços prestados à população.
Parcerias
A FAS tem 362 parcerias com OSCs, que precisam estar inscritas nos conselhos municipais da Assistência Social (CMAS), Direitos da Criança e do Adolescente (Comtiba), Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI) e Direitos da Pessoa Com Deficiência (CMDPcD).
Juntas, essas parcerias somam R$ 116 milhões financiados pelos fundos municipais da Assistência Social (FMAS), da Criança e o Adolescente (FMCA), dos Direitos da Pessoa Idosa (FMDPI) e de Apoio à Pessoa com Deficiência (FAD).