Há três anos, a dona de casa Rosilda de Fátima do Espírito Santo, 60 anos, vai à Unidade de Saúde Trindade II, no Cajuru, de duas a quatro vezes na semana. A alta frequência não é para nenhum tratamento. Bem saudável, ela virou uma espécie de voluntária informal da unidade. 
“Ajudo em coisas simples, como em trazer um pouco de alegria nas atividades da unidade que precisam de apoio”, conta Rosilda. Ela organiza os lanches oferecidos à comunidade quando há algum evento educativo – e não são poucos –, por exemplo. 
Também é a primeira a procurar algum usuário que deixa de comparecer às atividades ofertadas, como os grupos de atividade física. Conhece todos os funcionários e grande parte dos usuários do posto e, de conversa fácil, arranca fácil um sorriso até de quem chega com a dor estampada no rosto. 

“A Rosilda faz a diferença, sempre disposta a ajudar, oferecer apoio a quem quer que seja. A equipe toda tem um carinho muito grande por ela”, fala a chefia da Unidade, Angélica Mary Koyama.

O começo

O início do vínculo de Rosilda com a Unidade Trindade II foi para utilizar os serviços de Saúde, com um “probleminha”, como ela mesmo define. “Vim aqui a primeira vez quando tive um probleminha de coração. Fui muito bem atendida e encaminhada para tratamento no hospital”, conta.

“Me senti muito bem recebida e senti que podia fazer algo para retribuir o atendimento que estava recebendo”, fala.

E continuou voltando, e voltando, fazendo uma coisinha aqui, outra ali. Conheceu o grupo de alongamento e atividade física, que participa e frequenta duas vezes por semana, do qual cuida em manter o grupo unido e ativo. “Se alguém começa a faltar, quero logo saber o que está acontecendo. E a gente marca bingo, café, se diverte junto”, conta.
Rosilda, que há poucos dias descobriu que vai ser bisavó, afirma que a rotina de visitas à Trindade II contribui para mantê-la ativa e de bom humor, o que também reflete na sua saúde.