A Rua Ângelo Tozim termina numa área de mata e, para que os moradores tenham passagem para a Rua Alda Bassete Bertholdi e demais partes do bairro Campo de Santana, foram construídas duas passarelas de madeira: uma com 5 metros de extensão e outra com 36 metros de extensão. Vandalizadas, as estruturas receberam no último 31 de julho serviços de manutenção realizados pela Secretaria Municipal de Obras Públicas.
Peças danificadas do tablado e do corrimão foram substituídas, garantindo mais segurança à população. Também alvo costumeiro de vândalos, luminárias quebradas do sistema de iluminação pública da região igualmente foram trocadas.
Gaúcho de Bento Gonçalves, o aposentado Vicente Câmara rodou por cidades da Região Sul do Brasil e, há 9 anos, escolheu fixar residência em Curitiba, na Rua Augusto Bertholdi do Campo de Santana. Construtor de barragens, o senhor simples e esclarecido, de aparência humilde, simpatia que transborda, conversa fácil e sincera, com memória de dar inveja aos mais jovens declarou estar realizado.
“É uma pena que ainda aconteçam roubos por aqui. O bairro é maravilhoso e de gente trabalhadora. Eu saio de casa todos os dias e venho cuidar da horta. Plantei de tudo um pouco e até estou esperando crescer o parreiral. Para chegar, uso a passarela e o último conserto ficou bom. A Prefeitura sempre faz manutenção aqui”, contou Vicente Câmara.
O morador plantou hortaliças, grãos e frutas na margem da Rua Alda Bassete Bertholdi, vizinha ao bosque que a separa do final da Rua Ângelo Tozim e onde também estão as passarelas recuperadas. Disse ele que só sai de casa para trabalhar na sua plantação, ao ar livre e sem contato próximo com outras pessoas, para se desculpar pelo fato de estar sem máscara.
Estudo em andamento
O secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Rodrigues, apontou que foi iniciado um estudo para saber da viabilidade de se instalar uma ponte que comporte inclusive o peso de veículos, ligando o final da Rua Ângelo Tozim à Rua Alda Bassete Bertholdi. Porém, já se sabe de antemão que o local tem uma área de proteção ambiental, linhas de transmissão de energia e tubulação da rede de saneamento.
“Conhecemos as dificuldades de substituir definitivamente as passarelas por uma ponte de grande porte. A região tem particularidades e impõe exigências que podem não ser superadas. Mas, mesmo assim, iniciamos o estudo para estabelecer a melhor solução de engenharia para o local neste momento”, disse Rodrigo Rodrigues.
O secretário reforçou ainda que os moradores dos bairros curitibanos podem e devem registrar problemas e solicitar serviços ou melhorias, como foi o caso da manutenção feita nas passarelas do Campo de Santana, por meio do 156 ou participando do programa Fala Curitiba.