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Ação Social

Curitiba tem programas inovadores para população em situação de rua

A política de atendimento à população em situação de rua em Curitiba foi o destaque do segundo encontro do Ciclo de Debates “Estado, Planejamento e Administração Pública no Brasil – Ano III”, promovido pelo Instituto Municipal de Administração Pública (Imap) na manhã desta quinta-feira (28). Foto: Daniel Caron/FAS

A política de atendimento à população em situação de rua em Curitiba foi o destaque do segundo encontro do Ciclo de Debates “Estado, Planejamento e Administração Pública no Brasil – Ano III”, promovido pelo Instituto Municipal de Administração Pública (Imap) na manhã desta quinta-feira (28). O encontro reuniu, no Salão de Atos do Parque Barigui, servidores de diferentes secretarias, além de representantes de entidades ligadas à garantia de direitos e do Movimento Nacional da População em Situação de Rua.

Segundo a diretora do departamento de Proteção Social Especial da Secretaria Nacional de Assistência Social, Telma Maranho Gomes, Curitiba é uma das cidades mais engajadas no atendimento da população em situação de rua. “Poucas cidades aderiram à Política Nacional para a População em Situação de Rua e Curitiba tem se destacado em suas experiências e avanços, como é o caso do Condomínio Social”, salientou.

A República Condomínio Social, unidade coordenada pela Fundação de Ação Social (FAS), foi o caso apresentado durante o Ciclo de Debates e é um projeto inédito no Brasil, inaugurado há um ano. A unidade, com capacidade de atendimento de 70 pessoas, recebe moradores que estiveram em situação de rua, já passaram por outros serviços da FAS e estão em fase de recuperação de autonomia.

“Hoje estamos com 47 moradores no Condomínio, todos trabalhando ou fazendo cursos profissionalizantes e que têm a responsabilidade compartilhada pelo funcionamento do local. A ideia é promover o sentimento de pertencimento, recuperar vínculos fragilizados e oportunizar uma trajetória de recomeço”, afirmou a gerente de Proteção Social Especial da FAS da Regional Santa Felicidade, Niuceia de Fátima de Oliveira.

Desde o lançamento do projeto, em janeiro de 2014, mais de cem pessoas já passaram pelo Condomínio e entre as histórias de sucesso estão as de pessoas que recuperaram vínculos familiares, entraram para o mercado de trabalho ou para cursos superiores e hoje já vivem em suas próprias casas.

“Quando as políticas são fragmentadas, elas fragmentam a vida social. Pensar numa cidade mais humana é garantir a integração das políticas em prol dos indivíduos e das comunidades, principalmente onde há extrema vulnerabilidade, como é o caso da pessoa em situação de rua”, disse a superintendente de planejamento da FAS, Jucimeri Silveira, que também participou do encontro.

De acordo com ela, além do Condomínio Social, desde 2013 a política de assistência social em Curitiba ampliou o atendimento à população em situação de rua, aumentando o número de unidades de acolhimento e atendimento (seis unidades oficiais, sete conveniadas e mais seis Centros Pop – para o atendimento durante o dia e encaminhamento para outros serviços), assim como o número de vagas (eram 500 vagas até 2012 e hoje são quase 900).