A qualidade do ar em Curitiba é a segunda melhor do Brasil, conforme relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de indicadores de desenvolvimento sustentável de 2010. A comparação foi feita com as regiões metropolitanas de Belo Horizonte (MG), Distrito Federal, Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP), Recife (PE) e Vitória (ES), entre 1995 e 2008.
"Os relatórios mostram que Curitiba é hoje a segunda cidade em qualidade do ar, perdendo somente para Vitória. Os índices de emissão de poluentes em Curitiba são menores em comparação a outras cidades", afirma o analista do IBGE no Paraná Luís Alceu Paganotto.
O relatório aponta que em 2008 a concentração média anual de partículas totais de suspensão (PTS) em Curitiba foi de 48 miligramas por metro cúbico de ar, enquanto em São Paulo foi 66, no Rio de Janeiro foi de 90 miligramas e no Distrito Federal, 328.
No caso das partículas inaláveis (PM10), a capital paranaense registrou 33 miligramas para cada metro cúbico de ar, ficando atrás apenas de Belo Horizonte, com 30, e Salvador, na Região de Camaçarí, com 17, e à frente de São Paulo, com 39, e do Rio de Janeiro, com 50.
A emissão de dióxido de enxofre em Curitiba vem reduzindo desde 2001, quando estava em 17 miligramas por metro cúbico de ar. Baixou para 11 em 2008.
Já o dióxido de nitrogênio ficou em 29 miligramas por metro cúbico de ar, enquanto Vitória marcou 24, Rio de Janeiro 65, Belo Horizonte 47 e São Paulo 43, o que também acontece com o ozônio, que em 2000 estava em 383 e chegou a 188 em 2008. No caso do monóxido de carbono vem diminuindo desde 2003, de 12.196 miligramas de partículas por metro cúbico de ar para 4.929.
Ar de qualidade
O relatório do IBGE apenas reforça o levantamento já realizado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), entre os anos de 2000 a 2008.
Segundo relatório do IAP, a qualidade do ar em Curitiba e na Região Metropolitana tem sido cada vez melhor. "De maneira geral podemos concluir que a qualidade do ar na Região Metropolitana, particularmente nos municípios de Araucária e Curitiba, é boa na maior parte do tempo para todos os parâmetros monitorados", diz o relatório.
Em seguida, o relatório reforça que apesar do desenvolvimento de Curitiba e da Região Metropolitana, com o aumento do número de carros e indústrias, não há uma relação direta na poluição do ar, até pela utilização consciente de veículos novos, e do controle de emissão de poluentes na atmosfera.
"Em relação à variação da qualidade do ar ao longo dos últimos trinta anos, para os locais e parâmetros avaliados, apesar da industrialização e do aumento significativo na frota de veículos observamos que a qualidade do ar na RMC melhorou significativamente nesta década (2000-2008) em relação aos anos anteriores", diz o relatório.