Cerca de 60 crianças, adolescentes e idosos de duas entidades sociais pisaram pela primeira vez, nesta quinta-feira (2/10), no Memorial Paranista. Eles foram visitar a instalação Orquestra Didática, em cartaz no Teatro Cleon Jacques, e acabaram conhecendo todo o espaço cultural, no Parque São Lourenço. A atividade faz parte da programação elaborada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano (SMDH) para comemorar o mês de outubro, dedicado à criança e também à pessoa idosa.
Os dois grupos de visitantes são atendidos pelo Asilo São Vicente de Paulo, no Juvevê, que acolhe 150 idosas, e pela organização da sociedade civil (OSC) Minha Vida Mudou, na CIC, que oferece atividades culturais e esportivas a 130 crianças e adolescentes. Eles se encontraram nos corredores e salas do Memorial, que percorreram com a ajuda de monitores. “Ficamos muito felizes por podermos oferecer essa oportunidade às pessoas e vermos os olhos delas brilharem”, disse a secretária da SMDH, Amália Tortato, que acompanhou a atividade.
A venezuelana Lourdes Camacho de Lara, de 66 anos, e a curitibana Dalva Ceschin, de 83, estiveram entre as senhoras que aproveitaram a tarde. “Vim para o Brasil para tratar da saúde e agora estou aqui, vendo coisas novas, aprendendo”, observou. Dalva gostou, em especial, dos jardins floridos. “É tudo muito lindo, mas esses canteiros são maravilhosos”, disse.
Instigando a curiosidade
Na sala da Orquestra Didática, a meninada se entretinha diante dos monitores de TV e das caixas acústicas para relacionar a imagem e o som correspondentes a cada instrumento musical. O professor de Música e ex-aluno da OSC Nicolas Pinheiro resumiu o sentimento do grupo. “É libertadora a experiência em um lugar como esse, principalmente considerando que muitas crianças e adolescentes vivem no celular e nem imaginam que ele existe. É muito legal. Amo museu”, disse o jovem educador, que também ainda não havia visitado o Memorial Paranista. Ele tem 24 anos, entrou no Minha Vida Mudou aos 9, e é fonte de inspiração para os alunos.
Para a coordenadora-geral da OSC, Milena Capistrano de Souza, atividades como a ida ao Memorial Paranista reforçam as oportunidades de aprendizagem oferecidas nas aulas e oficinas culturais e esportivas. “É visível que eles estão gostando do que estão vendo e podem se sentir inspirados a aprender mais sobre as diferentes linguagens artísticas e até produzir e viver de arte, como o Nicolas vive da música”, concluiu.