Uma emocionante coreografia apresentada por crianças, jovens e idosos abriu, nesta quinta-feira (dia 12/6), a 5ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa. O espetáculo abordou a passagem do tempo, os direitos e os desafios dessa parcela da população. Os trabalhos vão até amanhã (dia 13/6), na Universidade Positivo, que cedeu o espaço para a realização do evento.
A secretária municipal de Desenvolvimento Humano, Amália Tortato, responsável pela articulação das políticas públicas voltadas para o segmento, abriu a conferência. “Esse é o espaço de construção coletiva e discussão para nortear os órgãos governamentais e a sociedade civil nesse processo”, destacou.
Cenário
Curitiba tem 300 mil moradores com 60 anos ou mais. A estimativa para 2030, segundo o Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), é que esse número salte para 435 mil pessoas e passe a representar 20% da população total da cidade.
“Um em cada seis brasileiros é idoso e o Brasil é o sexto país com mais idosos no mundo”, afirmou a professora Ane Bárbara Voidelo Mariussi, do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Paraná. Ela abriu os trabalhos da conferência falando sobre “Controle Social: a importância do fortalecimento dos espaços deliberativos na política da pessoa idosa”.
O aumento da expectativa de vida e a queda na taxa de natalidade, disse, explicam a transição populacional no país. “As pessoas estão vivendo mais e com qualidade, enquanto as mais jovens têm bem menos filhos do que as gerações passadas ou optam por não terem nenhum. Precisamos nos perguntar se as políticas públicas atendem a essas novas necessidades”, completou.
Na prática
Para a secretária estadual da Mulher e Igualdade Racial, Leandre Dal Ponte, a criação da SMDH, em Curitiba, revela o cuidado pelo segmento. “O prefeito Eduardo Pimentel cumpriu o compromisso de campanha e mostra que, como o governador Ratinho Júnior, pratica o que prega sobre o envelhecimento, que é um processo bom mas, ao mesmo tempo, desafiador”, afirmou.
Curitiba e o Paraná, por suas ações voltadas para o segmento, foram incluídas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na Rede Cidades e Comunidades Amigas da Pessoa Idosa.
Também participaram do evento a deputada estadual Márcia Huçulak; a promotora de Justiça Cynthia Maria de Almeida Pierre; a representante da Pastoral da Pessoa Idosa, Irmã Terezinha Tortelli; a vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, Larissa Marsolik; a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Curitiba, Eluane Sanchez; a representante da Fundação de Ação Social (FAS), Cláudia Estorillo; e o vereador Lórens Nogueira.
Debates e votação
Depois da palestra, os participantes se reuniram em grupos de trabalho para discutir financiamento das políticas públicas para ampliação e garantia dos direitos sociais; fortalecimento de políticas públicas para a proteção à vida, à saúde e para o acesso ao cuidado integral; proteção e enfrentamento a todas as formas de violência, abandono, familiar e social; participação social, protagonismo e vida comunitária na perspectiva das múltiplas velhices; e consolidação e fortalecimento da atuação dos conselhos de direitos como política do estado brasileiro.
As conclusões dos debates serão apresentadas na plenária final, nesta sexta-feira (dia 13/6). Na ocasião também serão homologados os nomes dos dez delegados escolhidos para representar Curitiba na 8ª Conferência Estadual, no fim de agosto, em Foz do Iguaçu.