Representantes de 20 órgãos públicos e organizações de apoio a migrantes participaram, nesta segunda-feira (22/9), da primeira reunião de trabalho da Comissão para Política Migratória Municipal de Curitiba. O encontro aconteceu no Salão Nobre da Prefeitura, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano (SMDH).
Na ocasião, foram apresentados os primeiros resultados da gestão do prefeito Eduardo Pimentel para o segmento. Além de apoiar a 1ª Caminhada da População Migrante, em junho, Curitiba está prestes a fazer parte da Rede Nacional de Cidades Acolhedoras (RNCA) – o fórum aberto pelo governo federal aos municípios para promover ações pelo bem-estar de quem chega de outros países. O termo de adesão à rede já foi assinado pelo prefeito Eduardo Pimentel. A SMDH também acompanha o processo de ampliação do número de universidades aptas a revalidar diplomas de nível superior emitidos por outros países.
Em Curitiba, 27 mil migrantes estão no Cadastro Único para participar dos programas sociais do governo federal, localmente coordenado pela Fundação de Ação Social (FAS), cerca de 50 mil acessam os serviços da Secretaria Municipal da Saúde e perto de 5 mil estudam em escolas da Prefeitura.
Próximos passos
Segundo a diretora do Departamento da Criança, Adolescente e Migrante da SMDH, Michelle Taís Faria Feliciano, o trabalho da comissão visa preparar as bases do futuro Conselho Municipal de Migrantes – órgão consultivo e deliberativo para auxiliar na implementação e fiscalização das políticas públicas propostas para o segmento. “Para isso, é importante que as organizações que atuam no setor participarem ativamente das reuniões, alimentando a comissão com informações sobre o trabalho que cada uma faz”, disse. A data e o horário no próximo encontro ainda será definido.
Os participantes da reunião inaugural da Comissão ficaram satisfeitos com a oportunidade. “Somos muito gratos pela cidade que nos acolhe, mas não queremos apenas que façam por nós. Também temos muito a contribuir por Curitiba e queremos participar da vida da cidade”, disse Jenny Fernanda Garcia, da Associação Contigo Peru. Jenny estava acompanhada da irmã, Nicole, que também trabalha pela causa migratória na área da saúde.