Ir para o conteúdo
Prefeitura Municipal de Curitiba Acessibilidade Curitiba-Ouve 156 Acesso à informação
Combate ao mosquito

Começa ação de prevenção à dengue no Centro da cidade

Secretaria Municipal da Saúde inicia, na região central, uma ação educativa e de prevenção da dengue. Curitiba, 13/09/2010 Foto: Lucília Guimarães/SMCS

A Secretaria Municipal da Saúde iniciou nesta segunda-feira (13), na região central, uma ação educativa e de prevenção da dengue para manter Curitiba livre do mosquito Aedes aegypti e da doença. Até sábado (18), técnicos da área estarão à disposição do público, numa tenda especialmente armada na Boca Maldita, para esclarecimentos sobre essa e outras doenças transmitidas por animais.

Também estão acontecendo visitas a estabelecimentos comerciais, de serviços e condomínios residenciais para verificar a possível ocorrência de focos do mosquito ou de condições favoráveis à sua instalação. Esse trabalho segue até sexta-feira (17).

Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Viviane Poletto, a iniciativa é fundamental para não deixar a população esquecer de que a dengue continua ocorrendo na maior parte do país, inclusive perto de Curitiba.

“As pessoas não podem deixar de conferir constantemente suas propriedades para eliminar possíveis futuros criadouros e, quando viajarem a trabalho ou lazer, cuidarem-se para não voltar para casa doentes”, diz Viviane.

Evitam-se criadouros examinando rigorosamente o interior e a parte externa de casas e apartamentos onde a água limpa pode se acumular. Pratos de vasos de plantas, vasos de flores, pneus velhos e tampinhas de refrigerante esquecidas sob a vegetação são alguns exemplos de locais que a fêmea do mosquito escolhe para fazer a postura das larvas que se tornarão insetos adultos e, quando contaminados, funcionarão como vetores da dengue.

Moradora do edifício Tijucas há 30 anos, Ídele Tecchio não se descuida quando o assunto é dengue. “Até meu pé enorme de babosa não tem pratinho porque eu só coloco a quantidade de água necessária para umedecer a terra. Também lavo os potinhos de água e de comida da Tiquinha todo dia”, contou, referindo-se à cadela de estimação, enquanto admirava a exposição de exemplares do mosquito. “Com a lente de aumento ele já é pequeno e, sem ela, praticamente não se vê”, completou.

Zuleide Catarina Salvador mora em um sobrado no Osternack, no Bairro Novo, e também não dá chance para o mosquito. “Não tenho animais e estou começando a cultivar algumas plantinhas com cuidado, para não dar problema com água represada”, revelou.

Ela parou para conhecer a tenda da dengue com o filho Alejandro, de 4 anos, que contou com a ajuda da agente da dengue Maria Alice Faria para colorir o ciclo biológico do mosquito. “As crianças aprendem que não podem deixar essa história começar para não termos problemas de saúde”, observou a técnica.

Perto dali, na área da praça Tiradentes, dez equipes visitavam os estabelecimentos abertos para conversar com os comerciantes e funcionários sobre o assunto. No Mercado de Flores atrás do Paço Municipal, visitaram as floriculturas e verificaram as condições dos baldes onde as flores são conservadas.

“Tem gente que ainda estranha o nosso trabalho porque Curitiba é uma cidade fria e ainda há quem pense que dengue só dá no calor. Mas a maioria é esclarecida e gosta de nos receber”, conta Tatiane de Lima, há 3 anos na atividade.

Monitoramento feito pela Secretaria Municipal da Saúde mostra que 18 dos 62 moradores infectados em 2010 adquiriam a doença – que provoca febre, dor nas articulações e no fundo dos olhos e mal-estar geral - viajando pelo interior do Paraná. Ninguém morreu. Os demais casos ocorreram em outros Estados e até fora do país. O total de moradores da cidade infectados em 2010 é 11 vezes maior que no ano anterior.

A Secretaria da Saúde também identificou e destruiu esse ano 61 focos de larvas do mosquito em 20 dos 75 bairros da cidade. Na região da Matriz, até agora, apenas o Prado Velho registrou um foco.