Lideranças e representantes de diferentes serviços e órgãos que compõem a Rede de Atenção às Mulheres em Situação de Violência de Curitiba e região metropolitana conheceram a estrutura da Casa da Mulher Brasileira na quarta-feira (3). Os visitantes foram recebidos pela secretária municipal da Mulher, Roseli Isidoro, e as coordenadoras Marili Hruschka e Sandra Prado.
Para Roseli Isidoro, a reunião da Rede tem o objetivo de fazer com que parceiros e serviços externos da Casa possam conhecer o funcionamento e o resultado destes primeiros 45 dias de atendimento e para que todos compreendam a finalidade do equipamento. “Essa conexão fortalece o canal de comunicação entre a política instituída de enfrentamento à violência e ao mesmo tempo oferece subsídios aos serviços externos que integram a rede. Os vários órgãos têm um papel significativo; ao mesmo tempo apresentar a Casa e alinhar a orientação que deve ser dada”, explicou Roseli.
A Rede, sob a coordenação da Secretaria Municipal da Mulher, reúne-se bimestralmente para tratar do enfrentamento à violência contra as mulheres na capital do estado. O organismo é composto 45 órgãos governamentais e não governamentais, das áreas da Saúde, Assistência Social, Educação, Segurança, Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, entre outras.
Mais de 100 pessoas participaram da reunião, aberta com o depoimento e apresentação da artista plástica Marlene de Oliveira, vítima de violência e autora do livro “Valle dos Sonhos”. Marlene, de 63 anos, trabalhou como catadora de papel depois que se separou do agressor. Registrou em seu livro cada etapa de uma vida de agressões e como superou o ciclo de violência. Moradora do Cajuru, ela também retratou sua história em dezenas de telas.
A artista conta que deu início ao segundo livro para incentivar, ainda mais, outras vítimas de violência a sair da ‘prisão’, como ela faz questão de enfatizar. Amarrada a correntes, que, segundo ela, a lembram do tempo em que sofria calada, Marlene falou da experiência de enfrentamento e destacou que a violência começa, geralmente, no ambiente familiar. “A violência que eu sofria acontecia na minha própria família e, depois, durante o casamento, quando tive três filhas. Naquela época, não havia a Lei Maria da Penha nem a Casa da Mulher Brasileira. Não tínhamos nem para quem reclamar, denunciar ou pedir ajuda”, lembrou ela. Logo após a apresentação da artista, foram apresentados os procedimentos, fluxos e protocolos instituídos com a rede externa de serviços.
A Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência reúne serviços especializados e de apoio nas áreas da assistência social, justiça, segurança pública e saúde. Confira os participantes:
SECRETARIA MUNICIPAL EXTRAORDINÁRIA DA MULHER
SECRETARIA MUNICIPAL DE DEFESA SOCIAL
SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
INSTITUTO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SECRETARIA MUNICIPAL DE RECURSOS HUMANOS
SECRETARIA MUNICIPAL DO GOVERNO
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
NÚCLEOS REGIONAIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
UNIDADE DE SAÚDE MÃE CURITIBANA
REFERÊNCIAS DISTRITAIS DE SAÚDE
FUNDAÇÃO DE AÇÃO SOCIAL
CASA DE MARIA
CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL CREAS
SAV - SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO VITIMIZADO
CENTROS POP
SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE
SECRETARIA DE ESTADO DO TRABALHO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
CENTRO DE REFERÊNCIA E ATENDIMENTO À MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA - CRAM
COORDENADORIA ESTADUAL DA MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR DO PARANÁ – CEVID/Tribunal de Justiça do PR
JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
DELEGACIA ESPECIALIZADA DE ATENDIMENTO À MULHER DE CURITIBA - DM
CODEM – COORDENADORIA DAS DELEGACIAS DA MULHER DO PARANÁ
INSTITUTO MÉDICO LEGAL – IML
NÚCLEO DE APOIO ÀS VÍTIMAS DE ESTUPRO – NAVES (Ministério Público)
NÚCLEO DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE DE GÊNERO – NUPIGE (Ministério Público)
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ
HOSPITAIS DE REFERÊNCIA
HOSPITAL DE CLÍNICAS
HOSPITAL DO TRABALHADOR
HOSPITAL EVANGÉLICO DE CURITIBA
HOSPITAL CAJURU
HOSPITAL E MATERNIDADE VICTOR FERREIRA DO AMARAL
MATERNIDADE MATER DEI
HOSPITAL DO IDOSO
MATERNIDADE BAIRRO NOVO
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO PARANÁ
ASSOCIAÇÃO DAS ENTIDADES DE MULHERES DO PARANÁ - ASSEMPA
ASSOCIAÇÃO DAS MULHERES DE CARREIRA JURÍDICA
ASSOCIAÇÃO ENCONTRO COM DEUS
ASSOCIAÇÃO CRISTÃ ESPERANÇA
INSTITUTO PAZ NO TRANSITO – IPTRAN
CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE/COMISSÃO DA SAÚDE DA MULHER
CONSELHO DE SEGURANÇA (CONSEG) –
SOROPTIMIST – Região Brasil
GRUPO LIBERDADE
REDE NACIONAL DE PESSOAS QUE VIVEM COM HIV
INSTITUTO HUMSOL
MARCHA DAS VADIAS
ONG MAIS MARIAS
AAMA – Associação Amigas da Mama
INSTITUTO QUALICARE
PIB – PRIMEIRA IGREJA BAPTISTA DO PARANÁ
ARQUIDIOCESE DE CURITIBA
NÚCLEO DE ESTUDOS DE GÊNERO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
NÚCLEO DE ESTUDOS DE GÊNERO DA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ (UTFPR)
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA DA UFPR
UNIVERSIDADE POSITIVO
SOCIEDADE PARANAENSE DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM – SEÇÃO PR – ABEN
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB
CONSELHOS TUTELARES
CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA