A Campanha de Vacinação contra a Gripe será ampliada na próxima semana com a convocação de um novo público: os doentes crônicos. Fazem parte deste grupo prioritário, segundo definição do Ministério da Saúde, aqueles com doenças respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas e neurológicas crônicas, além de pessoas com diabetes, obesas, imunossuprimidas, transplantadas ou que têm alguma trissomia.
O diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, Alcides Oliveira, orienta sobre a importância da vacina contra a gripe para esses públicos, considerados vulneráveis.
“A campanha acontece anualmente devido as variantes do vírus da gripe, já vimos esse ano um surto de um uma nova cepa, a H3N2 Darwin. A nova vacina vem com essa proteção, por isso os grupos prioritários, que são os mais vulneráveis para complicações causadas pela gripe, devem se vacinar”, disse.
Onde ir e o que levar
As vacinas estarão disponíveis de segunda a sexta-feira, em 98 unidades de saúde, das 8h às 17h. A lista dos pontos pode ser verificada no site Imuniza Já, a partir de segunda-feira (9/5).
Para a vacinação, basta ir a um dos locais de atendimento e levar um documento com foto e CPF, além de comprovante de residência de Curitiba, caso ainda não seja cadastrado na unidade de saúde.
Pacientes da rede particular devem levar um comprovante que demonstre fazer parte do grupo de doentes crônicos. Pacientes com doenças crônicas que já são acompanhados pelo SUS Curitibano não precisam desta documentação extra.
No caso da vacinação infantil, é preciso apresentar também documento com foto e CPF do pai ou responsável, além do documento de identificação da criança.
A SMS lembra que em Curitiba continua obrigatório o uso máscaras em serviços de saúde. Portanto, para a vacinação, é obrigatório usá-la.
Outros públicos
Além das pessoas com doenças crônicas, as unidades vacinam também outros públicos já convocados: gestantes, puérperas (mães que tiveram filhos há até 45 dias), crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias) e idosos com 60 anos completos ou mais.
Esses públicos fazem parte dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, que considera maior a vulnerabilidade dessas pessoas para complicações causadas pela gripe.
Crianças e idosos
No caso dos idosos, além da vacina da gripe, é oferecida também a quarta dose (segundo reforço) da vacina contra a covid. E no caso das crianças é oferecida a vacinação simultânea da Vacina Tríplice Viral (VTV), que protege contra caxumba, rubéola e sarampo.
A VTV será aplicada mesmo nas crianças que estiverem com a situação vacinal em dia, por orientação do Ministério da Saúde, depois de se verificar que o sarampo voltou a ter aumento de casos no país. Em Curitiba, não há registro da doença esse ano, mas com a circulação das pessoas para outras cidades, a doença pode chegar e se espalhar se não houver um grande movimento de vacinação.
No caso das crianças que já receberam ao menos uma dose da vacina influenza em anos anteriores, o esquema vacinal será com apenas uma dose contra a gripe. Já para as crianças que serão vacinadas pela primeira vez, a orientação é que a segunda dose seja aplicada 30 dias após a primeira.
Oliveira orienta sobre a importância de que pais ou responsáveis mantenham a situação vacinal das crianças em dia. “Estamos vendo, nos últimos dias, aumento de busca por atendimento a crianças com sintomas respiratórios, viroses e outras infecções bacterianas. Algumas dessas doenças podem ser prevenidas pelas vacinas, por isso é muito importante aderir à campanha”, disse.
População indígena e população em situação de rua
A SMS também está vacinando contra a gripe a população indígena e a população em situação de rua. No caso da população indígena, a vacinação acontece diretamente na aldeia. E no caso da população de rua, a vacinação é realizada de maneira volante pelas equipes de Consultório na Rua.
Trabalhadores da Saúde
Os trabalhadores da saúde estão sendo vacinados desde o início da campanha nos próprios locais de trabalho, no caso dos hospitais e das unidades de saúde do município.
Para os trabalhadores de saúde autônomos, a vacinação está disponível, até 3 de junho, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, no Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Rua Professor João Argemiro Loyola, 74, Seminário).
Pela campanha nacional de vacinação contra influenza, enquadram-se neste grupo os trabalhadores de espaços e estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde: médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, profissionais de educação física, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares.
Também podem ser vacinados, aqueles profissionais que atuam em casas, como os cuidadores de idosos e doulas (parteiras). Os trabalhadores de apoio (recepcionistas, administrativos, seguranças, limpeza, cozinheiros e auxiliares, motoristas de ambulâncias) dos serviços de saúde também podem receber o imunizante, desde que comprovem vínculo profissional com um estabelecimento da área de saúde.
Para se vacinar, precisa apresentar documento de identificação que comprove a vinculação com o serviço de saúde na capital ou carteira do conselho profissional e comprovante de residência em Curitiba.
A Campanha de 2022
A SMS iniciou a campanha contra a gripe deste ano em 30 de março e já imunizou mais de 163 mil pessoas na cidade. A convocação dos demais grupos prioritários depende da chegada de nova remessa de vacinas.
Faltam ser convocados: professores; pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores de transporte; forças de segurança; forças armadas.
Grupos já convocados
- Idosos
- Crianças de 6 meses a menores de 5 anos
- Gestantes e puérperas
- Doentes crônicos (inclui aqueles com doenças respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas e neurológicas crônicas; além de pessoas com diabetes, obesas, imunossuprimidas, transplantadas ou que têm alguma trissomia).
- Trabalhadores da Saúde (vacinação no Coren)
- População Indígena (vacinação na Aldeia)
- População em Situação de Rua (vacinação volante)