Uma casa de madeira típica que remete ao início do século 20, semelhante à dos imigrantes europeus chegados ao sul do Brasil no fim do século 19, abriga o bistrô do Parque Lago Azul, no Umbará, que completa um ano de funcionamento neste sábado (20).
O imóvel, administrado pela Urbs – Urbanização de Curitiba S/A, virou um tradicional ponto de encontro nos fins de semana de curitibanos e turistas que frequentam o espaço, originalmente pertencente à família Segalla, ainda nos anos 1960 e 1970, quando a área particular era uma das poucas opões de lazer em área aberta da cidade.
A área foi adquirida pela Prefeitura no fim de 2007, e os trabalhos de revitalização, que transformaram o local em parque público, terminaram dois anos depois. Com a revitalização, o parque ganhou uma infraestrutura completa, que inclui decks, espelho d´água, pistas para caminhada, canchas esportivas, aparelhos para exercícios físicos e um posto da Guarda Municipal.
"O bistrô é um pedaço da história de Curitiba que completa a paisagem em uma área antes degradada, que agora voltou a ganhar importância entre os espaços de lazer da cidade mais procurados por curitibanos e turistas”, diz o diretor de Planejamento e Desenvolvimento da Urbs, Rubico Camargo.
Endereço charmoso – O bistrô ocupa o imóvel histórico misto, de alvenaria e madeira, com área total de 595 metros quadrados. O espaço é completado por uma área externa, com 355 metros quadrados, onde existe uma espécie de caramanchão, ponto de encontro de grupos da Terceira Idade, que visitam o local todas as semanas com monitores da Fundação de Ação Social (FAS).
“O maior movimento acontece nos fins de semana, quando as dez mesas das três salas, além outras dez colocadas na varanda e pátio externo, ficam lotadas, garantindo o trabalho ininterrupto de três garçons e de outras quatro pessoas responsáveis pela preparação de tira-gostos e comidas na cozinha”, explica Gerson Luckow, um dos proprietários do bistrô. O bistrô recebe em média 300 visitantes por dia aos sábados e domingos.
Além da arquitetura rústica, o imóvel revela seu charme pelos lambrequins, objetos decorativos feitos em madeira e instalados na parte frontal do telhado das casas, comuns nas regiões habitadas por colonizadores poloneses e germânicos no sul do Brasil.
As três salas são decoradas com fotografias antigas que reproduzem a paisagem do Lago Azul há cerca d 50 anos, quando eram comuns os piqueniques de curitibanos ao Umbará, com direito a banhos no lago, então com águas límpidas que refletiam a cor azul do céu – daí o nome.
A parte de alvenaria abriga a cozinha, a despensa e a área de serviço. O imóvel se encontra a poucos metros da entrada principal do Parque Lago Azul, pela rua Colomba Merlin, 456, uma via transversal da rua Nicola Pelanda.
Além das fotos, os sócios também decoraram o ambiente interno com móveis de época, como também com um telefone movido a manivela, comum na primeira metade do século XX, atraindo a atenção das novas gerações.
Atrativos – O parque, logo à entrada, tem um imponente portal, que dá acesso o estacionamento de veículos depois da passagem por uma alameda de coqueiros. No estacionamento existem vagas reservadas para veículos conduzidos por idosos e deficientes. Os passeios ciclísticos são proibidos no interior do parque, mas permitidos no entorno. Após o passeio, a pessoa pode deixar o veículo no bicicletário.
Pouco antes do bistrô, ainda na entrada do parque, está a sede da Guarda Municipal. A caminhada leva ao campo de futebol suíço, que fica nos fundos da sede da Guarda, e tem uso controlado. Para usá-lo, os interessados podem agendar o campo no Departamento de Parques e Praças, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, pelo telefone 3350-9181.
O passeio conduz também ao mirante de madeira no ponto mais alto e proporciona uma visão geral do lago. As calçadas são cobertas com paver – blocos de cimento intertravados -, garantindo a acessibilidade e drenagem na área pavimentada.
Existem ainda oito churrasqueiras no parque, que podem ser usadas gratuitamente, sem reserva antecipada. Basta o interessado chegar cedo, escolhendo o melhor local.
As crianças podem usar o espelho d´água para banhos – um espaço com piso de cimento e coberto com uma lâmina de águas rasas, onde as crianças se divertem, preferencialmente acompanhadas dos pais.
De quarta a sexta-feira, à tarde, o parque é ponto de encontro de grupos da Terceira Idade e que participam de programas mantidos pela fundação de Ação Social, da Prefeitura de Curitiba, que incluem caminhas, exercícios físicos e atividades afins. Esses grupos, depois das atividades, se concentram no caramanchão, a poucos metros do bistrô.
Após percorrer o parque com suas muitas atrações, o visitante dispõe de um variado cardápio no bistrô. A cerveja, vendida em garrafas com preços que variam de R$ 4 a R$ 4,50, ou os sucos e refrigerantes, custando de R$ 2,50 a R$ 3, são acompanhamento ideal para mistos quentes ou frios (R$ 2,00), porções de polenta (R$ 7), variedades de x-salada (de R$ 3,50 a R$ 6), ou ainda porções de lambari (R$ 13,4) e de peixe (R$ 14,50), entre outros.
Além dos salgados em pacote e picolés, as opções do cardápio do bistrô incluem ainda generosas porções de banana split, custando R$ 8, sundae (R$ 6), bem como a tradicional taça de sorvete colegial, ofertada por R$ 4,00.
Serviço:
Bistrô Lago Azul
Localização: acesso pela rua Colomba Merlin, 476 – uma transvesal da rua Nicola Pelanda, no Umbará.
Horário de funcionamento: de terça a sexta-feira – 11h às 19h; sábados e domingos – 11h às 21h.
Fecha na segunda-feira.
Os portões do parque são fechados às 21h nos fins de semana.