A Superintendência de Trânsito (Setran) está sempre de olho nos problemas e gargalos de trânsito para implantar melhorias. São desde intervenções pontuais, como uma nova placa, mais tachões na pista, passando por uma reestruturação de nível médio, como a implantação de um semáforo, até alterações viárias, como mudanças de sentido nas ruas.
“O comportamento no trânsito é muito dinâmico e está relacionado com o crescimento da cidade. Por isso é natural que alterações sejam propostas para gerenciar e melhorar os deslocamentos”, explica a superintendente de Trânsito, Rosangela Battistella.
Todo mês, são implantadas 486 placas de trânsito pela cidade, entre as novas confeccionadas em fábrica própria da Prefeitura e aquelas que precisaram ser substituídas, por vandalismo ou por terem sido destruídas em um acidente.
Como forma de organizar melhor a circulação de veículos e garantir mais segurança na travessia de pedestres, 16 novos semáforos foram instalados em 2018 e foram feitas 16 alterações de sentido nas ruas. “E cerca de mil tachões refletivos ou calotas foram colocados em trechos considerados mais sensíveis para reduzir a imprudência e dar mais segurança viária”, afirma Battistella.
Sentido único
Uma das alternativas que facilita a vida de pedestres e de motoristas é a implantação de um binário entre ruas, após estudos técnicos de viabilidade. O mais recente é o do Santa Quitéria, composto pelas vias Major França Gomes e João Alencar Guimarães, importantes ligações entre o centro e os bairros. As adequações foram reforçadas por ações educativas desenvolvidas pela Escola Pública de Trânsito (EPTran) junto aos motoristas que trafegam pela região.
A aposentada Vanda Lúcia Santana mora na Rua Curupis, transversal ao binário. Com as vizinhas e amigas de infância Roseli e Sueli Mendes dos Santos, ela acompanhou a mudança de sentido e diz que a medida proporciona mais segurança para atravessar a rua. “É melhor pra quem passa de carro, sem congestionamento, e mais tranquilo pra gente atravessar porque o tráfego vem de um lado só”, afirmou.
Por lá, o limite de velocidade mudou: dos antigos 60 km/h para 50 km/h, seguindo recomendação do Conselho Nacional de Trânsito e do Projeto Vida no Trânsito, de redução dos limites de velocidade nas vias urbanas. Com a ajuda de radares estáticos (equipamentos com apoio de tripé), agentes de trânsito fiscalizam periodicamente se o limite de velocidade está sendo observado.
Participação da comunidade
Para novas intervenções, a população tem papel importante, ao dialogar com o poder público e informar sobre percepções na região em que mora, estuda ou trabalha. Foi a partir dessa interação que a Prefeitura criou uma terceira faixa de circulação de veículos na Rua Governador Agamenon Guimarães, no Cristo Rei.
Desde o mês de setembro, o trecho entre as ruas Urbano Lopes e Oyapock deixou de ter vagas de estacionamento do lado direito, para diminuir o congestionamento com os carros que tentavam acessar a via a partir desse ponto. “Faço esse caminho todos os dias para ir ao trabalho e percebia a confusão que se formava por conta de uma falta de organização dos carros que queriam acessar a rua”, conta o técnico em telecomunicações Eduardo Oliveira.
Após uma solicitação formal à Setran, a nova faixa de circulação foi criada. “Claro que dependendo do horário tem mais movimento, como em diversos outros pontos. Mas desobstruiu aquele espaço e o trânsito não ficou mais travado”, percebe ele, morador do Boqueirão que faz rotineiramente o trajeto até o Jardim Botânico.