Ir para o conteúdo
Prefeitura Municipal de Curitiba Acessibilidade Curitiba-Ouve 156 Acesso à informação
Recomendações

Atitudes simples afastam risco de infecções respiratórias no frio, orienta a Saúde de Curitiba

Com aumentos de casos respiratórios, Saúde reforça a recomendação de uso de máscara. Foto: Pedro Ribas/SMCS

Curitiba tem exibido sua já conhecida característica de clima frio e seco e para atravessar esse período com bem-estar, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) destaca medidas preventivas acessíveis. A principal é garantir a vacinação contra a gripe, disponível para todas as pessoas com 6 meses de idade ou mais.

De acordo com a médica Marion Burger, do Centro de Epidemiologia da SMS, o clima seco e gelado típico do outono e inverno exige atenção especial à hidratação.

“O ar mais seco desidrata não só a pele, mas também a garganta, boca, nariz e olhos. É essencial ingerir bastante líquido para manter as mucosas hidratadas”, orienta Marion.

Outra recomendação é se proteger do ar gelado, especialmente ao sair de casa nas primeiras horas do dia. “Usar um lenço, cachecol ou até a máscara sobre o nariz e a boca ajuda a evitar que o ar frio atinja diretamente a garganta, o que resseca as mucosas e facilita a entrada de vírus e bactérias”, explica a médica, destacando o motivo de tantas infecções respiratórias serem comuns neste período.

Ventilação, máscara e higiene das mãos

Marion também relembra os cuidados que ganharam destaque durante a pandemia da covid-19 e que são úteis nessa época do ano, como o uso de máscara por pessoas com sintomas respiratórios ou por aquelas que pertencem a grupos de risco.

“Quem tem doenças crônicas, cardíacas ou pulmonares ou é idoso deve utilizar máscara para se proteger das gotículas presentes no ar que podem ser inaladas”, alerta a profissional.


No preview available
No preview available
No preview available

Marion Burger, médica do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde.


Ela reforça que quem apresenta sinais de infecção, como tosse ou coriza, também deve adotar a proteção facial, evitando transmitir vírus a outras pessoas.

Além disso, é fundamental manter a higienização frequente das mãos, utilizando água e sabão sempre que possível ou álcool em gel 70%. A limpeza deve ser feita antes e depois de tocar os olhos, o nariz ou a boca. 

Sempre que possível, opte por toalhas descartáveis, já que as de tecido podem acumular microrganismos e contaminar quem as compartilha.

A ventilação adequada dos ambientes também é destacada por Marion: “Há muitas pessoas com sintomas respiratórios e esses agentes infecciosos podem permanecer no ar. Por isso, é essencial renovar o ar dos espaços”, afirma.

Contudo, a médica esclarece que ventilar não significa deixar portas e janelas abertas o tempo todo, o que tornaria o ambiente desconfortavelmente frio. 

A recomendação é abrir as janelas entre quatro e cinco vezes ao dia, por cerca de 15 minutos, permitindo a circulação do ar e a dispersão de partículas contaminantes.

Evitar locais cheios

Por fim, a orientação é evitar aglomerações, principalmente no caso de sintomas respiratórios. “É importante se resguardar para se recuperar e também proteger os outros, evitando a disseminação dos vírus. Sempre que possível, permaneça em isolamento durante o período sintomático”, reforça Marion, lembrando que a recomendação vale para todas as esferas da vida.

“Da mesma forma que não se deve ir à escola, também não é adequado frequentar shows ou ambientes lotados quando se está gripado ou com infecção respiratória”, pontua.

Como ocorre a contaminação

“Na maioria das vezes, a infecção não acontece porque alguém espirrou diretamente em nós, mas porque tocamos uma maçaneta ou outra superfície contaminada com gotículas de tosse ou espirro e, em seguida, levamos a mão ao nariz, boca ou olhos. Assim, os microrganismos penetram pelas mucosas e iniciam o processo infeccioso”, conclui a médica.