Um homem de 93 anos em situação de extrema vulnerabilidade, que vivia no bairro Caximba, já está na casa da filha e bem. O resgate foi possível graças à ação rápida da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano (SMDH). Assim que recebeu a denúncia, o órgão acionou a nova Rede de Proteção do Idoso - serviço que está sendo reestruturado na gestão do prefeito Eduardo Pimentel.
A denúncia, anônima, chegou pelo Serviço 156 na tarde do último dia 10 de julho. Na manhã seguinte, acontecia a visita técnica ao endereço do homem, que é viúvo, sofre de hipertensão e diabete e morava com três filhos. Na ocasião, ele apresentava um ferimento aberto em uma das pernas – possível consequência de uma queda.
“Encontramos aquele senhor mal agasalhado, vestindo roupas sujas e dividindo o ambiente com fezes de animais pelo chão e dezenas de cães e gatos”, contou a enfermeira auditora Luciane Ferreira dos Reis, que trabalha na Gerência da Pessoa Idosa da SMDH. A equipe também observou desleixo com a higiene de alimentos e roupas. Essa situação caracteriza negligência, que é uma modalidade de violência prevista no Estatuto do Idoso.
Equipe multidisciplinar
A ação foi acompanhada por outros integrantes da SMDH e da Unidade de Saúde Caximba que, na sequência, trataram o ferimento. O trabalho conjunto gerou o parecer técnico que subsidiou a ação do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), decisiva na localização da filha que acolheu o idoso. O Ministério Público também foi notificado.
A equipe do Creas, que está vinculada à Fundação de Ação Social (FAS), visitou o homem em seu novo endereço, no Novo Mundo, e o encontrou completamente diferente: de banho tomado, roupas limpas e bem instalado em um quarto igualmente asseado. “Isso é muito positivo pois, sem o acolhimento da filha ou de outro familiar, o idoso precisaria ser removido para uma Ilpi (Instituição de Longa Permanência)”, observou Luciane.
Trabalho em rede e ágil
A secretária de Desenvolvimento Humano, Amália Tortato, elogiou a agilidade com que a ação ocorreu. “Esse é um exemplo do que a SMDH faz: articular o trabalho dos diferentes órgãos da Prefeitura em benefício do cidadão, principalmente daquele que mais precisa. E a vulnerabilidade daquele senhor era extrema”, disse.
O trabalho, porém, não está terminado. “Ainda precisamos saber sobre a situação social desse idoso, se ele precisa ou pode ter mais algum tipo de suporte, além de investigar a situação dos filhos com quem ele morava e dos animais domésticos. É possível que eles também precisem de ajuda”, informou Luciane.