Os ciclistas foram o alvo da abordagem educativa que os integrantes do Grupo Trânsito Seguro fizeram, na noite desta terça-feira (22/5), e que integra as ações do Maio Amarelo, série de eventos dirigidos à prevenção de acidentes envolvendo todos os modais de locomoção. A ação aconteceu no Centro, entre os participantes do passeio ciclístico noturno da Prefeitura Pedala Curitiba.
Aproveitando a concentração que antecedeu a largada, agentes do grupo conversaram com os ciclistas sobre riscos e cuidados que eles devem tomar nas ruas, ciclovias, calçadas alternativas e rodovias, além de entregar folhetos com as dicas mais importantes.
Entre as precauções indispensáveis para qualquer ciclista estão usar capacete e roupas com detalhes refletivos ou preferir cores claras, além de transitar na pista de velocidade mais lenta, não circular nas calçadas e estar atento durante o trajeto.
“Assim diminui o risco de acidentes e o número de vítimas fatais”, orienta o agente de trânsito Jayme Rodrigo de Paula. Ao lado da colega Cinthia Santos, Jayme distribuiu folhetos entre os ciclistas. Também foi feito um bate-papo com a ex-ciclista profissional Cynthia Duarte, que iniciou no esporte há 24 anos.
Acidentes
De acordo com dados do Projeto Vida no Trânsito (PVT), que monitora os acidentes com vítimas fatais desde 2011, no ano passado foram registradas dez mortes de ciclistas. Dos oito óbitos analisados pela equipe do PVT, dois aconteceram na canaleta de uso exclusivo para o transporte coletivo, com os ciclistas usando fones de ouvido.
“É preciso ser cuidadoso porque muito do desrespeito com o ciclista vem do motorista ignorante”, opinou o arquiteto Sérgio Amaro Benthien, que há 30 anos participa de passeios ciclísticos. Ele conta que já teve que discutir com o condutor de um veículo por questionar a presença dele em uma via. “Expliquei que tinha saído da ciclovia, que acabou um pouco antes. Ele não entendeu. Uma pena”, lamentou.
A preocupação é a mesma do analista em telecomunicações Francisco João Anacleto Júnior, que mora na Vila Hauer e pedala cerca de 30 minutos antes de encontrar o grupo.
“Não dá para esquecer o que precisamos fazer e também ficar atento a como os outros veículos agem com relação a nós. Felizmente, nunca tive problemas”, contou ele, que às vezes vai ao Pedala Curitiba acompanhado do filho adolescente, João Vítor.