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Empregos do futuro

1º Empregotech forma jovens para suprir déficit de profissionais no mercado de TI em Curitiba

Adolescentes e jovens que participaram do 1° Empregotech visitam o ICI. Foto: Andre Wormsbecker

Curitiba está entre as comunidades mais inteligentes do mundo. O desenvolvimento de soluções inovadoras garantiu à capital paranaense, nos últimos anos, reconhecimentos e premiações internacionais que lhe conferem títulos de smart city e inteligent community.

Neste contexto, e de olho no promissor mercado de Tecnologia da Informação, a Prefeitura de Curitiba desenvolve o 1º Empregotech, programa que prepara adolescentes e jovens para o primeiro emprego na área de tecnologia. Desde que foi criado, em 2020, o 1º Empregotech teve quatro turmas e formou 311 adolescentes e jovens. A próxima turma do programa será aberta no primeiro semestre de 2024.

 

A formação

O programa oferta gratuitamente o curso de programação básica de computadores para jovens de 16 a 29 anos. As aulas são on-line e os participantes precisam concluir uma trilha de aprendizagem proposta dentro de um prazo estabelecido, que atualmente é de quatro meses.

As aulas são acessadas na plataforma de educação da Digital Innovation One (DIO), que oferece bootcamps (treinamentos intensivos) gratuitos em diversas áreas de tecnologia.

Revelação de talentos

O 1º Empregotech é coordenado pela Fundação de Ação Social (FAS) – responsável por promover o acesso ao mundo do trabalho – e pela Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação.

A diretora de Qualificação e Relações do Trabalho da FAS, Melissa Cristina Alves Ferreira, explica que o programa apresenta aos adolescentes e jovens a tecnologia como uma ferramenta de trabalho, revela talentos para o mercado e os aproxima das empresas que procuram por profissionais nesta área.

“Buscamos ampliar o número de oportunidades para esses jovens, através de desenvolvimento técnico e comportamental. Desta forma, elevamos o nível de empregabilidade desse público e contribuímos para a redução dos níveis de desemprego, para a promoção e geração de renda”, explica.    

Visitas guiadas

Além da formação on-line, onde os alunos aprendem sobre desenvolvimento de software, incluindo conhecimentos de linguagens HTML, CSS e JavaScript, o 1º Empregotech promove também lives, visitas guiadas e encontros on-line. “Todas essas ações visam aproximar o aluno do ecossistema de inovação”, diz a diretora Melissa.

A última visita guiada do programa foi em agosto, ao Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), organização que tem sede em Curitiba, mas trabalha com o desenvolvimento de soluções para a gestão pública em todo o país.

Durante toda a tarde, jovens que participaram da quarta turma do programa, encerrada no último da 31, conheceram a empresa e os serviços que oferece, entre eles a Central 156 e a Muralha Digital, usados pela Prefeitura de Curitiba para atendimento à população e segurança da cidade, respectivamente.   

Em julho, o grupo visitou também o Hipe Lab, instituto de pesquisa, desenvolvimento e inovação de processos para o ecossistema do varejo.

As visitas têm o objetivo de fazer com que os jovens conheçam ambientes colaborativos, startups e profissionais de TI, em especial, de programação. “Elas se tornam uma oportunidade de aprendizado, compartilhamento de experiências e de networking."

Dentro do percurso formativo do programa, os alunos participaram também, em agosto, da live que teve como tema “Como o seu mindset determina a forma como você vê o mundo”, com a psicóloga Fernanda Cristina Possas Câmara Sacoman.

Em outro encontro on-line, os jovens conheceram o Fab Lab Cidadania Cajuru, laboratório de fabricação digital e prototipagem da Prefeitura de Curitiba que incentiva inovações tecnológicas e a cultura maker – do “faça você mesmo”.

Oportunidades

Ariane do Nascimento de Souza, 21 anos, fez parte da primeira turma do 1º Empregotech, na época em que iniciava o curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

“O programa foi fundamental para meu início no mercado de trabalho, por ele consegui minha oportunidade de estágio na Prime Control, empresa na qual fui efetivada meses depois e onde trabalho até hoje”, conta.

Ariane trabalha desde 2020 e atualmente é desenvolvedora RPA Jr., responsável por fazer automações de processos voltados ao ramo de planos de saúde. Para o futuro, ela diz que pretende evoluir na área de desenvolvimento e, mais tarde, na gestão de projetos e equipes.

“Estou muito feliz com meu emprego. O time incentiva e motiva muito e gosto de atuar nos projetos que temos, sem contar que ter minha própria renda me trouxe possibilidades novas e tenho buscado aproveitar”, diz.

Estudante de Ciência da Computação, Ana Beatriz Ramos, 20 anos, participou da última turma do 1º Empregotech e também faz elogios ao programa. “A plataforma do curso foi ótima, o conteúdo de qualidade e, além disso, tivemos todo o suporte dos professores para tirar dúvidas”, explicou a jovem, que é natural de Maringá e veio para Curitiba para estudar, em 2020. 

Moisés Antunes Porto, 17 anos, que cursa o ensino médio de Técnico em Desenvolvimento de Sistemas, fez parte da terceira turma do 1º Empregotech e sonha fazer carreira na área de sistemas.

Durante as visitas guiadas, ele percebeu a grande chance de crescer na profissão. “Pretendo começar como desenvolvedor júnior através de linguagens de programação e também desenvolver projetos para solucionar problemas das pessoas”, explicou o rapaz, que mora com a mãe a irmã gêmea no bairro Campo de Santana, na Regional Tatuquara.

Parceiros

Empresas podem contribuir com o 1º Empregotech com oferta de treinamento para a etapa complementar do programa, alinhado às tecnologias utilizadas na própria empresa, promoção de eventos com assuntos relacionados à área de tecnologia (palestras, visitas guiadas, Lives, hackathons, etc), além de absorver os formados em seus processos seletivos.

Além da DIO, o programa ganhou recentemente um parceiro de peso, a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro), com objetivo de aproximar os alunos formados do mercado de trabalho.