As abelhas nativas são essenciais ao nosso meio ambiente. O projeto Jardins de Mel tem como objetivo a divulgação das abelhas nativas sem ferrão, responsáveis pela polinização de cerca de 90% das plantas brasileiras.
Com origem nos meliponários do Museu de História Natural Capão da Imbuia, os Jardins de Mel vêm se expandido pelas áreas verdes do Município de Curitiba. Já são mais de 56 locais na cidade com caixas que abrigam colônias de abelhas sociais nativas sem ferrão, que podem ser visitados pelo público, como o próprio Museu de História Natural Capão da Imbuia, o Zoológico Municipal de Curitiba, o Passeio Público, o Parque Barigui, o Bosque Reinhard Maack, o Jardim Botânico, além de hortas comunitárias e escolas da Rede Municipal de Ensino.
As cinco espécies utilizadas são: guaraipo (Melipona bicolor), manduri (Melipona marginata), mandaçaia (Melipona quadrifasciata), jataí (Tetragonisca angustula) e mirim (Plebeia sp.). As abelhas vivem em caixas de criação racional, colocadas dentro de revestimento que garante maior proteção e bem-estar dos insetos.
As atividades desenvolvidas pelo projeto ressaltam a sensibilização sobre a importância e os benefícios dos serviços ecossistêmicos de regulação e equilíbrio do planeta prestados pelas abelhas nativas. Cursos de capacitação também são periodicamente ministrados para os Guardiões das Abelhas sem Ferrão, o que contribui para a manutenção da cultura que vem desde os povos indígenas.
Para verificar o tutorial: "Iscas para enxames de abelhas nativas sem ferrão" Clique aqui.
Existem mais de 20 mil espécies de abelhas espalhadas pelo mundo, muitas são solitárias, mas dentro desse grupo existem as abelhas sociais nativas sem ferrão, que englobam aproximadamente 420 espécies no planeta e 300 delas são encontradas no Brasil. De modo geral, vivem em ninhos organizados com três castas: a rainha, as operárias e os zangões. Os ninhos dessas abelhas sociais podem ser encontrados nos ocos de troncos de árvores, no chão ou muros. Alimentam-se de néctar e pólen que trazem das flores, ao mesmo tempo em que fazem o importante trabalho de polinização das plantas. São responsáveis pela existência da maioria de nossas espécies vegetais, incluindo as que geram nossos alimentos.
Boca-de-Sapo
Nome Científico: Partamona helleri Tribo: Trigonini Onde Encontrar: No Brasil ocorrem nas Regiões Sul e Sudeste e também na Bahia. Curiosidades: As bocas de sapo são abelhas sem ferrão de cor preta e tamanho mediano. Ganharam este nome popular por apresentarem a estrutura da entrada do ninho à semelhança de uma boca grande de sapo. São muito agressivas quando se sentem ameaçadas, torcendo o cabelo das vítimas e mordiscando a pele. Tem o hábito de coletar fezes e depositar na entrada do ninho em épocas de seca.
Tubuna
Nome Científico: Scaptotrigona bipunctata Tribo: Trigonini Onde encontrar: No Brasil ocorrem nas regiões Sul e Sudeste Curiosidades: As Tubunas são abelhas sem ferrão de cor preta e tamanho mediano. Os ninhos bastante populosos são encontrados em ôcos de árvores, com um canudo de cerume escuro na entrada em foma de trombeta. São abelhas que possuem em hábitos agressivos do tipo "Torce Cabelo" quando necessitam defender a colônia.
Para ajudar as abelhas nativas devemos plantar árvores melíferas, frutíferas, hortas sem veneno, flores e manter nossos rios limpos. Ações importantes para que as nossas abelhas sobrevivam e repovoem a cidade trazendo ainda mais vida aos nossos bosques.
Conheça as Plantas Melíferas usadas nos Jardins de Mel
Ervas floração anual
É importante lembrar:
Caso encontrar enxames de abelhas africanizadas ou vespas que estejam oferecendo risco à população em áreas públicas de Curitiba o serviço de remoção pode ser acionado pela Central de Atendimento 156 da Prefeitura.
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