Em artigo publicado nesta quarta-feira, 9, na Gazeta do Povo, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, destaca a "excelência urbanística de Curitiba" como um dos principais pontos positivos da capital paranaense para ser sede os jogos da Copa do Mundo de 2014. "A excelência urbanística distingue Curitiba no rol de exigências da Fifa para que uma cidade receba a Copa. A empresa Match Hospitality, que serve à Federação do Futebol, já selecionou facilmente um conjunto de 74 hotéis recomendados para receber os turistas que demandarão a cidade", diz Rebelo no artigo "Curitiba na Copa".
"As obras de melhoramento da infraestrutura vão se limitar a reformas dos equipamentos existentes e à construção de corredor viário metropolitano", adianta o ministro. "Curitiba vai ter a oportunidade, assim como as outras 11 sedes da Copa do Brasil, de se beneficiar à larga dos efeitos multiplicadores de um evento de dimensões planetárias que atrai os olhos do mundo para os locais onde se realiza".
Leia a seguir a íntegra do artigo.
Curitiba na Copa
Aldo Rebelo
Os torcedores mais antigos e a história do futebol registram que Curitiba esteve no centro das atenções do mundo ao ser uma das sedes da Copa de 1950. Dois jogos – nos dias 25, Espanha 3 x Estados Unidos 1; e 28 de junho, Suécia 2 x Paraguai 2 – foram realizados naquele que à época era um dos mais modernos estádios do Brasil, o Durival Brito e Silva, também chamado de Vila Capanema.
A organização foi impecável e serve de base para a previsão de que, ao voltar a sediar jogos da Copa em 2014, a capital do Paraná dará grande contribuição para que o Brasil realize, como disse a presidenta Dilma, “a maior Copa do Mundo da História”.
Os jogos desta feita serão realizados no estádio Joaquim Américo Guimarães, a Arena da Baixada, que leva na atualidade a mesma marca distintiva da modernidade. Como passará apenas por uma reforma, a praça de esportes estará apta a receber entre 16 e 26 de junho quatro jogos da primeira fase do torneio.
A excelência urbanística distingue Curitiba no rol de exigências da Fifa para que uma cidade receba a Copa. A empresa Match Hospitality, que serve à Federação do Futebol, já selecionou facilmente um conjunto de 74 hotéis recomendados para receber os turistas que demandarão a cidade. As obras de melhoramento da infraestrutura vão se limitar a reformas dos equipamentos existentes e à construção de corredor viário metropolitano.
Todavia, Curitiba vai ter a oportunidade, assim como as outras 11 sedes da Copa do Brasil, de se beneficiar à larga dos efeitos multiplicadores de um evento de dimensões planetárias que atrai os olhos do mundo para os locais onde se realiza. Isso porque o torneio da Fifa excede ao caráter esportivo, que por si já o torna um evento cobiçado por todos os países em condições de hospedá-lo. Quando pleiteou a edição de 2014, o governo do Brasil, em parceria com a CBF, sabia que uma Copa do Mundo é uma usina de benefícios ao país-sede. Maximaliza e agiliza investimentos em equipamentos urbanos que, embora projetados para o torneio, permanecem como legados sociais à população.
A Copa gera investimentos de toda ordem e deixa nas cidades onde ocorrem os jogos melhorias e inovações nos setores de turismo, lazer, transportes, portos e aeroportos, além de progressos na indústria e telecomunicações, área de segurança e vendas excepcionais no comércio. A imagem do país é projetada a um nível global jamais alcançado, considerando que o público oscila em torno de mais de 3 bilhões de telespectadores.
Os curitibanos sabem disso, tanto que segundo levantamento da Paraná Pesquisa, publicado pela Gazeta do Povo, 72,82% dos entrevistados apoiam a Copa na cidade. Lamentando a ausência da Seleção Brasileira, a maioria torce para ver um jogo da Argentina – mas não propriamente para assistir a uma vitória do time de Messi.
Aldo Rebelo é ministro do Esporte. E-mail aldo.rebelo@esporte.gov.br.