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Práticas inspiradoras

Prêmio Viva Inclusão, promovido pela Prefeitura de Curitiba, está com inscrições abertas

Radar DV Curitiba foi uma das boas práticas premiadas em 2018, na primeira edição do prêmio, e que segue em atividade há quase 10 anos. Foto: Divulgação

Seguem abertas até o dia 15/6 as inscrições para o 2º Prêmio Viva Inclusão, uma promoção do Departamento dos Direitos da Pessoa com Deficiência (DPCD) da Prefeitura de Curitiba com o objetivo de identificar e reconhecer iniciativas concebidas em Curitiba que ampliem a inclusão do segmento. As dez melhores práticas serão agraciadas com troféus, em evento a ser realizado no Dia Internacional da Pessoa Com Deficiência (3/12).

Podem concorrer profissionais do serviço público e da iniciativa privada, estudantes, pesquisadores e organizações da sociedade civil (OSC) e comunidade. Os candidatos deverão preencher formulário virtual e anexar uma foto da iniciativa inscrita.  A proposta pode se enquadrar nas áreas de saúde, educação, lazer, cultura, trabalho, esporte, acessibilidade, vida autônoma e garantia de direitos.

Prática inspiradora

Radar DV Curitiba foi uma das boas práticas premiadas em 2018, na primeira edição do prêmio, e que segue em atividade há quase dez anos. Seu objetivo, conta o engenheiro eletricista, escritor e corredor mineiro Eugênio Oliveira Rotondo, é “tirar os deficientes visuais do sofá”. Para isso, reuniu amigos que, juntos, montaram um grupo de voluntários treinados para dar suporte aos cegos que desejam correr.

Atualmente o grupo conta com aproximadamente 30 corredores cegos e 40 voluntários de áreas de atuação diversa. “Temos de advogado a artista plástico. Nosso objetivo é a inclusão, fazer com que os deficientes visuais possam correr em provas convencionais”, conta Eugênio, que é um dos fundadores da iniciativa.

Empatia e inclusão

Eugênio também está presente nos treinos que acontecem todos os sábados, no Colégio Estadual Polivalente, no Hauer. Para que os atletas participem, conta, os voluntários levantam cedo e, em seus carros, vão até o terminal de ônibus mais próximo. O objetivo é pegar os corredores que usam transporte público e levá-los até o local de treino, que vai das 8h30 às 10h30.

No colégio, fornecem café da manhã antes do início das atividades físicas e, no fim, lanche. “Tem gente muito pobre, que chega sem se alimentar. Por isso, nós nos organizamos e também cuidamos da alimentação enquanto estão conosco”, explica o engenheiro que, com seu grupo de amigos, pode inspirar iniciativas para pessoas com outros tipos de deficiência.