Localizada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) desde a década de 1990, a PepsiCo, fabricante dos salgadinhos Elma Chips, entre outros produtos, vai conseguir uma economia de 70% no uso de água em sua produção local. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (9/5), em uma reunião com o prefeito Rafael Greca, no Palácio 29 de Março.
Ao lado das secretárias municipais do Meio Ambiente, Marilza do Carmo Oliveira Dias, e da Saúde, Beatriz Battistella Nadas, Greca recebeu o presidente da companhia, Alexandre Carreteiro; a diretora jurídica, Julissa Savitci; a gerente de Relações Governamentais, Cristiane Lopes; e o gerente da planta da Elma Chips Curitiba, Leandro Villela.
Greca lembrou que a fábrica é orgulho da cidade desde que ainda ficava no Boqueirão. “São 600 empregos diretos e mais de 1,2 mil indiretos que representam a retomada econômica de Curitiba. E é uma retomada sustentável ambientalmente, com água zero, que vai contribuir com a reserva hídrica do futuro da Grande Curitiba”, destacou.
A secretária Marilza lembrou que o anúncio vem ao encontro das ações da cidade para garantir o abastecimento de água para a população em períodos de seca e possível escassez hídrica, como a que se estendeu nos anos 2020 e 2021.
O projeto
A economia será possível por meio de um importante investimento, de acordo com o presidente da companhia, Alexandre Carreteiro. “A PepsiCo vem definindo metas de economia de água e trabalhando para superá-las em todas as etapas de sua cadeia de valor, desde o campo até as fábricas, em um processo que contempla do agronegócio até o produto final”, reforçou.
O projeto, parte do programa de sustentabilidade da empresa PepsiCo Positive, consiste na implantação do sistema de reúso de água MBR, um tratamento que já vem economizando 60% dos atuais 12 milhões de litros de água por mês consumidos pela fábrica instalada no município de Itu, primeira planta do país a receber a tecnologia. Curitiba será a segunda. O sistema deve entrar em funcionamento na capital paranaense até o final de 2023.
A tecnologia utiliza biorreatores com membranas (o MBR), um sistema biológico em que membranas de ultrafiltração fazem parte do processo de digestão de matéria orgânica nos efluentes. Os parâmetros de qualidade da água resultante do processo seguem rigorosamente as normas de potabilidade de água preconizadas pelo Ministério da Saúde. O método já é utilizado pela empresa em cinco plantas da América Central e em uma na América do Norte.
Presenças
Também acompanharam a reunião o secretário municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento, Cristiano Hotz; e o assessor especial de Articulação Política, Lucas Navarro de Souza.