As máscaras-escudo produzidas no FabLab da Rua da Cidadania do Cajuru, da Prefeitura de Curitiba, tornaram mais seguro o serviço de abordagem social realizado pela Fundação de Ação Social (FAS). Desde o último dia 27/3, as equipes do Resgate Social usam o equipamento de segurança durante os atendimentos, o que garante a proteção dos educadores sociais e também da população em situação de rua.
“É um equipamento importante que preserva a integridade de todos”, diz a coordenadora do Resgate Social, Vanessa Resquetti.
Vanessa considera que o uso da máscara é essencial para a prevenção ao coronavírus durante as abordagens, quando os educadores precisam conversar com a população de rua para ofertar os serviços e buscar a criação de vínculo, importante para o aceite do atendimento.
Material aprovado
A educadora social Alda Perpétua Mielnicaki Pereira aprovou o uso das máscaras-escudo. “Se não fossem elas, nós não teríamos segurança para trabalhar neste momento de pandemia do coronavírus”, diz.
Além do equipamento de proteção produzido no FabLab, as equipes da abordagem social usam máscaras cirúrgicas, luvas e álcool gel, este último também oferecido às pessoas em situação de rua, no momento de entrar nas Kombis do Resgate Social.
Alda explica que grande parte da população atendida costuma apresentar coriza e tosse, em função da condição de vida nas ruas, e a falta da máscara tornaria o trabalho inseguro.
Servidora da Prefeitura há 25 anos, sendo dez deles na abordagem social, Alda conta que, em função do trabalho, está vivendo isolada da mãe e do padrasto, ambos idosos, e também dos netos.
Proteção
A FAS recebeu 250 máscaras-escudo produzidas no FabLab e também pela startup Boa Impressão 3D. Além das equipes da abordagem social, os equipamentos foram entregues aos servidores que trabalham nas unidades de acolhimento da população em situação de rua.
O material também foi destinado aos servidores da Saúde, da Defesa Social e profissionais da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba.
Kit
As máscaras formam um kit composto por um suporte (que é fabricado na impressora 3D), uma chapa frontal transparente de polietileno (que cobre o rosto e é cortada em uma máquina especial) e um elástico de fixação. Os kits são enviados desmontados em embalagens e com QR Code para instruções de montagem.
Além das três impressoras 3D do FabLab do Cajuru, todas as 21 máquinas dos Faróis do Saber e Inovação foram transferidas para o local para a produção, que é feita com base em um modelo de máscara escudo disponibilizado na internet por uma empresa da República Tcheca.
Já os ajustes para simplificar e tornar um pouco mais rápida a produção foram feitos pelas startups curitibanas Maha 3D e Prin3D, que oferecem soluções técnicas em impressão 3D.