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Moradias Jandaia

Famílias transferidas para novas casas no Ganchinho

Moradores da Vila 23 de Agosto, foram relocados nesta quinta-feira (12), pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), para as Moradias Jandaia. Curitiba, 12/04/2012. Foto: Rafael Silva/Cohab

Doze famílias que viviam em situação de risco social na Vila 23 de Agosto estão sendo reassentadas, nesta quinta (12) e sexta-feira (13), em casas novas construídas pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) no empreendimento Moradias Jandaia, no Ganchinho. O conjunto está sendo construído para retirar de situações precárias moradores das Vilas Osternack, Campo Cerrado, 23 de Agosto, Ulisses Guimarães e Vila Nova.

O projeto do Moradias Jandaia prevê um total de 405 unidades, entre casas e sobrados. Após terminada esta etapa de relocações, chegará a  233 o número de famílias beneficiadas, restando 172 unidades que estão em obras e serão entregues gradativamente conforme fiquem prontas.

“Esta obra teve problemas no passado devido ao aquecimento na construção civil e aumento no custo dos materiais. Resolvidos os impasses, agora a obra anda em ritmo acelerado para a satisfação das famílias que vão deixar condições insalubres para viver em moradias de qualidade”, afirma o presidente da Cohab, Ibson Campos.

O empreendimento está sendo executado com verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e contrapartida do município. A Prefeitura suplementou recursos para garantir a execução das obras, pois o custo previsto no projeto inicial estava defasado. A construção das casas e sobrados representa investimentos de R$6,17 milhões, dos quais R$3 milhões são recursos do orçamento municipal.

Os moradores que estão sendo reassentados deixam para trás um passado de sofrimento em locais bastante afetados por enchentes. “As famílias viviam em áreas impróprias para moradia, muito próximas às margens de rios, por isso sofriam com os alagamentos. Os que estavam fora da faixa de preservação puderam permanecer e foram atendidos com obras de urbanização”, explica Campos.

As novas moradias têm de um a três quartos e a destinação de cada uma delas é definida em função da composição familiar. O conjunto fica em região atendida por equipamentos como escola, unidade de saúde, creche, CRAS e Armazém da Família.

Infraestrutura - Além da construção das casas e sobrados, a Cohab está implantando no local a rede de drenagem e a pavimentação das ruas do conjunto, no total de 1,5 quilômetro. Na Vila 23 de Agosto, nas proximidades do empreendimento, a Companhia também executou obras de infraestrutura para atender a população que permaneceu no local. Foi implantada rede de drenagem e pavimentação de ruas em 3,2 quilômetros.

O pedreiro Gilberto Grisotte, 55 anos, permaneceu na Vila 23 de Agosto, enquanto sua filha foi reassentada no Moradias Jandaia. “Ela morava com o marido em área de risco, então foi transferida para o Jandaia. Eu pude continuar lá na vila, que depois das obras da Cohab ficou uma beleza, nem parece o mesmo lugar”, destaca.

Vida nova – A família da pensionista Ana Pimenta de Morais, 62, começou uma vida nova nesta quinta-feira, quando o caminhão de mudança chegou na antiga casa de madeira em que viviam na Vila 23 de Agosto. Ela, os três filhos – Sueli, 27, Marcelo, 25 e Telma, 23 – e a neta Kayane, 6 anos, não escondiam a alegria em melhorar de situação.

Eles moraram por nove anos no local que não tinha pavimentação nem redes de esgoto. “Era um beco que nem o caminhão de lixo conseguia chegar para recolher. Luz e água era tudo rabicho”, conta Telma. “Aqui é bem melhor, nem dá para comparar. A casa é ótima e tem tudo por perto, escola, ponto de ônibus, asfalto. Estou feliz demais em começar uma nova vida”, completa Ana.

O pedreiro João Alves dos Santos e a esposa Maria Luci moraram por 15 anos na vila 23 de Agosto, na beira do rio, convivendo com os ratos, o mau cheiro e os alagamentos. Eles e os filhos Alisson, Edmílson e Regiane mudaram nesta quinta-feira para a casa nova no Moradias Jandaia.

“Gostei muito da casa, é linda. Nossa vida era dura lá na vila, perdi as contas de quantas enchentes já enfrentamos. Perdi móveis, roupas. Aqui tudo vai ser diferente, quero manter a casa sempre limpa e organizada para receber visitas. É um sonho que estamos realizando”, finaliza Maria.