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Educação

Educação aplica esta semana testes do novo sistema de avaliação de rendimento escolar

Cerca de 21 mil estudantes de 4º, 6º e 8º anos da rede municipal de ensino fazem de terça (4) a quinta-feira (6) desta semana as provas do novo Sistema Municipal de Avaliação do Rendimento Escolar de Curitiba (Simare) - um modelo próprio de avaliação de desempenho criado pela Secretaria Municipal da Educação para obter indicadores mais precisos e adaptados à realidade local. Os resultados vão subsidiar políticas de melhoria da qualidade do ensino na cidade. Nesta primeira etapa, os alunos responderão a testes de História, Ciências e Geografia.

O Simare avaliará turmas de estudantes não alcançados pelos atuais sistemas nacionais de avaliação em larga escala aplicados nas escolas públicas. Esses sistemas avaliam apenas as turmas de 5º e 9º anos (Prova Brasil), 2º ano (Provinha Brasil) e 3º ano (Avaliação Nacional de Alfabetização – ANA).

A nova avaliação será feita a cada dois anos e a partir de 2016 incluirá os componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática. “O novo instrumento tem matrizes de referência elaboradas por profissionais da rede municipal, considerando nossas necessidades. Ele permitirá identificar as intervenções necessárias para avançarmos na qualidade do ensino que ofertamos, de forma equânime”, diz a secretária municipal da Educação, Roberlayne Borges Roballo.

Além dos testes, os alunos responderão a questionários contextuais, que também serão aplicados a professores, pedagogos, diretores, equipes pedagógicas e administrativas, além de representantes dos conselhos de escola. “Eles possibilitarão estabelecer correlações entre a proficiência dos estudantes e os fatores intraescolares e extraescolares que interferem no desempenho escolar”, explica a diretora do Departamento de Ensino Fundamental da Secretaria Municipal da Educação, Letícia de Mara Meira.

Além dos dados resultantes das avaliações e dos questionários, o sistema reunirá indicadores sociais e educacionais, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e dados do cadastro do Bolsa Família. “Com a inclusão das etapas até agora excluídas das avaliações e o cruzamento dos dados contextuais, será possível completar o diagnóstico sobre o rendimento dos estudantes”, diz Letícia.

As provas não terão valor individual para o aluno. O objetivo é que as respostas deles sirvam como diagnóstico para orientar melhoria da qualidade do ensino.

A primeira avaliação, nesta quarta-feira (04) será de Ciências, enquanto a de História será respondida na quinta-feira (05) e a de Geografia na sexta-feira (06), todas no horário de aula, com professores da rede que foram treinados para realizar a aplicação.

As avaliações servirão de material de estudo e pesquisa para professores e pedagogos da rede. Acertos e erros irão subsidiar o debate, a autocorreção e a elaboração de intervenções necessárias a partir de mudanças pedagógicas. Os resultados poderão levar, por exemplo, a mudanças na infraestrutura escolar, melhorias no acesso à tecnologiaeducacional e a outros materiais didático-pedagógicos,além de reformulações no programa de formação continuada dos profissionais da área.

A criação de um sistema próprio de avaliação está prevista no programa Curitiba Mais Educação, integrante do plano de governo da atual gestão do Município. O Simare é mais um instrumento que possibilitará a avaliação de forma equânime na rede, permitindo a cada escola visualizar a sua própria evolução, entre uma avaliação e outra.

Provas

O novo sistema começou a ser elaborado em 2013, a partir do estudo e reformulação de uma matriz de referência própria. A matriz servirá para a elaboração das provas que serão aplicadas a cada dois anos, alternadas com as avaliações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).  O modelo segue a metodologia que vem orientando as avaliações em âmbito nacional e internacional. As criação do sistema próprio de avaliação teve a consultoria do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd) da Universidade Federal de Juíz de Fora.

Oficinas e treinamentos foram oferecidos aos professores que farão a aplicação das provas. As respostas apresentadas serão sistematizadas em documentos e apresentadas em um site próprio do Simare, ainda em fase de elaboração. Serão produzidos também publicações e informativos com os resultados para que as escolas possam conhecer e interpretar os resultados de proficiência.  O processo incluirá também a divulgação dos resultados em publicações e informativos, além de discussões nas escolas e oficinas para os profissionais da educação.