O que fazer em caso de desastres naturais? Quais órgãos acionar e quais as primeiras providências a serem tomadas?
Para responder estas e outras perguntas relacionadas ao tema, a Defesa Civil de Curitiba percorreu as dez administrações regionais da capital para apresentar os Planos de Contingência Municipais à população e servidores, além de atualizar os Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (NUPDECs).
Os Planos de Contingência da Defesa Civil são instrumentos técnicos e estratégicos que estabelecem diretrizes, ações e responsabilidades para a prevenção, preparação, resposta e recuperação diante de desastres naturais. Desde os responsáveis pela atuação em crises até a identificação de abrigos, procedimentos de evacuação, etc.
Elo com a comunidade
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Curitiba, inspetor Nelson Ribeiro, o objetivo é fazer com que o setor público trabalhe junto com a população nessas situações de emergência.
“A ideia é fortalecer o conhecimento dos planos de contingência que já existem em Curitiba para situações de alagamentos, inundações, deslizamento e outros. Tendo este conhecimento, a comunidade também pode nos ajudar”, explicou o coordenador durante reunião realizada na manhã desta quinta-feira (29/5), na Rua da Cidadania do Pinheirinho, que fechou o ciclo de encontros.
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Nelson Ribeiro, coordenador da Defesa Civil de Curitiba
Curso para a comunidade
Para fazer a ponte entre a Defesa Civil e a população existem os Núcleos Comunitários de Defesa Civil. Este ano será realizado um curso em todas as regionais para dar condições aos participantes de promover a cultura de prevenção e preparar as pessoas para agir em situações de risco.
“Curitiba tem um preparo muito bom. A gente já vem há muitos anos organizando todo o sistema municipal de proteção da Defesa Civil, do qual faz parte toda a Prefeitura de Curitiba apoiada por outros órgãos, como o Governo do Estado e o Governo Federal. E agora a comunidade, estando mais envolvida, participando dos planos de contingência, fazendo um serviço voluntário, nós teremos mais esse exército de pessoas que podem também nos ajudar, não só na prevenção, mas até naqueles momentos de emergência”, disse o coordenador da Defesa Civil.
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Nelson Ribeiro, coordenador da Defesa Civil de Curitiba
Comportamento dos rios
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), que também participou do périplo da Defesa Civil pelas regionais, abordou as características da bacia hidrográfica de Curitiba, mostrando como o comportamento dos rios se altera de acordo com o humor do clima.
“Nós estamos fazendo um trabalho de sensibilização e de análise sobre a importância da gestão de desastres socioambientais. O comportamento do rio é a consequência da forma que a sua bacia é habitada. Então é muito interessante que as regionais formem grupos de trabalho por bacia hidrográfica. Isso seria uma forma de pensar a cidade de forma integral”, disse Tereza Nascimento, servidora da Secretaria do Meio Ambiente.
Aproveitar a calmaria
Para a administradora regional, Janaína Lopes Gehr, este é o momento ideal para se preparar: quando a cidade não enfrenta nenhuma emergência de desastre natural.
“Nós temos essa oportunidade, num momento de calmaria para se preparar, receber novas orientações e trazer a comunidade para participar, porque os cidadãos devem ser envolvidos nessa questão, principalmente dos abrigos, no caso de uma necessidade. Essa é uma oportunidade muito importante. Esse alinhamento na hora do desastre tem que ser muito claro, apontando o que cada um tem que fazer, e é da maior importância para o sucesso, para que a gente realmente possa minimizar os danos às famílias que moram na região”, definiu Janaína.
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Janaína Lopes Gehr, administradora regional