Os povos ciganos celebram nesta segunda-feira (24/5) o Dia Nacional do Cigano, data também dedicada à santa Sara Kali. Em Curitiba, a Assessoria de Direitos Humanos – Promoção da Igualdade Étnico-Racial da Prefeitura trabalha para dar visibilidade ao povo cigano, que historicamente sofre preconceito e discriminação.
A preservação da cultura e da tradição dos povos ciganos estão contempladas no I Plano Municipal de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (Plamupir) de Curitiba. O projeto de Lei foi enviado à Câmara Municipal e aguarda a votação dos vereadores.
O Plamupir foi elaborado pela Assessoria de Direitos Humanos - Promoção da Igualdade Étnico-Racial em conjunto com o Conselho Municipal de Políticas Étnico-Raciais (Comper).
“O Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial será fundamental para trazer não só visibilidade aos ciganos, mas defender, preservar e valorizar sua história e suas tradições. Temos aproximadamente 500 famílias ciganas vivendo em Curitiba e na região metropolitana”, disse Marli Teixeira Leite, assessora da Promoção da Igualdade Étnico-Racial da Prefeitura.
A estimativa é que aproximadamente 43 mil ciganos vivam no Paraná. Eles são herdeiros de uma cultura milenar. No Brasil, há registros desde o ano de 1.574 de ciganos, com línguas e costumes próprios.
Estatuto dos Povos Ciganos
Atualmente, está em trâmite no Senado Federal a aprovação do Estatuto dos Povos Ciganos (PLS 248/2015). Segundo a secretária-executiva da Confederação Brasileira Cigana, Nardi Casanova, a aprovação do texto vai dar mais visibilidade aos ciganos no Brasil.
“O Dia do Nacional do Cigano é um marco de muita importância para todos os Ciganos Brasileiros. A aprovação do Estatuto dos Povos Ciganos, que tramita no Senado Federal e agora vai para aprovação da Câmara Federal será uma grande conquista”, afirmou Nardi Casanova, que também é Conselheira do Comper e Liderança Cigana em Curitiba.
Nesta segunda-feira (24/5), com o objetivo de comemorar a data e garantir direitos e políticas públicas específicas, lideranças ciganas de todos os estados brasileiros protocolaram junto à Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal, ofício solicitando a aprovação imediata do Projeto de Lei 248 de 2015, que cria o Estatuto dos Povos Ciganos.