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Sem perder a infância

Crianças do Caximba visitam Casa da Leitura e têm momento de reflexão sobre trabalho infantil

Crianças e Adolescentes do CRAS Caximba participam de atividades na Casa da Leitura Laura Santos na Regional Tatuquara. Foto Sandra Lima

Crianças e adolescentes de 7 a 14 anos atendidos pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Caximba, da Fundação de Ação Social (FAS), viveram uma tarde especial nesta quarta-feira (11/6). Em alusão ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado em 12 de junho, o grupo participou de uma atividade na Casa da Leitura Laura Santos, na Rua da Cidadania Tatuquara.

A ação faz parte da programação que a FAS promove ao longo do mês de junho para conscientizar a população sobre os prejuízos do trabalho infantil e fortalecer a proteção às crianças e aos adolescentes.

Os participantes acompanharam a leitura do livro Chupim, de Itamar Vieira Junior, mediada por Emilli Silva Prestes. A obra narra a história de Julim, uma criança que ajuda os pais na lavoura espantando aves que ameaçam a plantação de arroz, uma realidade ainda presente em muitas comunidades do país.

“Esse tipo de atividade aproxima as crianças da leitura e, ao mesmo tempo, abre espaço para refletirmos sobre temas”, explicou Emilli, que também realiza há um ano ações de mediação de leitura no Cras Caximba.

Presentes e lanche

Além da roda de leitura, o grupo conheceu o espaço da biblioteca, fez um lanche e recebeu presentes doados por voluntários e parceiros da comunidade. Chocolates e livros também foram entregues pela equipe da Casa da Leitura. O administrador regional do Tatuquara, Marcelo Ferraz Cesar, acompanhou o momento.

A coordenadora do Cras Caximba, Rosilda Aparecida Fernandes de Araújo, destacou a importância da visita. “Essa atividade teve o objetivo de fortalecer a convivência, proporcionar acesso à cultura e tratar do tema do trabalho infantil de forma lúdica e acessível. Esperamos que as crianças levem essa reflexão para seus amigos e vizinhos”, afirmou.

“Criança não deve trabalhar”

Andrew Miguel da Rocha Carvalho, de 10 anos, gostou da experiência. “Gostei do livro porque mostrou que criança não deve trabalhar”, comentou. Apesar da pouca idade, ele mostrou que conhece a legislação e que adolescentes só podem trabalhar a partir dos 14 anos (na condição de aprendiz), mesmo com regras. “Aprendi isso na escola e também no Cras”, contou o estudante do 5º ano da Escola Municipal Professora Joana Raksa.

Julie Gabrielle de Almeida Nogueira, de 11 anos, adorou a visita. “Gosto muito de ler. Agora estou com um livro emprestado da biblioteca da escola. Foi legal conhecer esse espaço”, disse.

A mãe de Julie, Cléia de Almeida, de 47 anos, acompanhou a filha na visita e contou ao grupo sua experiência. “Quando eu era criança, ajudava meus avós na lavoura.” Cléia falou que hoje ensina as duas filhas a terem responsabilidade em casa, mas sem perder a infância.