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Ciclomobilidade

Consórcio Bikefácil é classificado na licitação do sistema público de bicicletas

A licitação aberta pela Urbs  para o serviço público de locação de bicicletas em Curitiba atraiu um consórcio interessado. Em sessão pública realizada no auditório da Urbs nesta sexta-feira (2), o Consórcio Bikefácil CWB apresentou uma proposta financeira e foi classificado. A próxima etapa será a avaliação dos equipamentos (bicicletas e estações) oferecidos pelo consórcio. Se tudo der certo, Curitiba terá pela primeira vez um sistema público de aluguel de bicicletas.

A avaliação da proposta financeira levou em conta a soma dos valores a serem cobrados pelos passes semestral, mensal e diário para aluguel de bicicleta. O consórcio classificado propôs um valor de R$ 71 – um pouco abaixo do valor máximo estabelecido no edital da concorrência pública, que é de R$ 72 (R$ 55 o passe semestral; R$ 12 o passe mensal e R$ 5 o passe por dia).

Formado pelas empresas Bikefácil Locações Ltda e Fitset Negócios Comércio e Serviços Ltda, o consórcio foi o único a apresentar proposta. O edital de licitação está disponível na internet desde 23 de junho. Todos os documentos relativos à licitação – questionamentos, esclarecimentos e atas – ficam disponíveis no site da Urbs. Para localizar, acesse www.urbs.curitiba.pr.gov.br, clique em Institucional e, em seguida, em Licitações. Neste campo localize Concorrência Urbs/ Licitação 09/2016.
 
A classificação do consórcio pela comissão de licitação está condicionada à aprovação dos equipamentos (bicicletas e estações) por uma equipe de técnicos da Urbs, Ippuc e Secretaria Municipal de Trânsito (Setran). Além de prazos para manifestação de concorrentes, as etapas seguintes são a divulgação, também em sessão pública, do resultado desta avaliação e análise da documentação.
 
Mais bicicletas
 
Esta é a primeira vez que Curitiba terá um sistema público de locação de bicicletas. A empresa vencedora da licitação ficará encarregada pela implantação, operação, manutenção e gerenciamento do serviço integrado de bicicleta pública na capital.
 
Deverão ser ofertadas 480 bicicletas que poderão ser retiradas e devolvidas em 43 estações, com wi-fi gratuito, distribuídas pela cidade. O cidadão terá direito a utilização gratuita por 45 minutos e, a partir daí, a cobrança será por hora, com fração de 15 minutos.
 
A retirada de bicicleta pelo usuário poderá ser feita por aplicativo de telefone celular, equipamento de autoatendimento nas estações e ligação para central de operações do sistema.
 
A partir da contratação do serviço pelo Município, o projeto aprovado na licitação terá 140 dias para implantar o sistema. Numa primeira etapa, de 75 dias, deverão ser montadas 25 estações com fornecimento de 280 bicicletas. Na segunda etapa, de 65 dias, deverão ser entregues as 18 estações restantes e mais 200 bicicletas.
 
As bicicletas terão rastreadores que permitirão tanto o monitoramento quanto análise de dados como origem, destino, tempo de utilização, rotas percorridas e outras informações que serão utilizadas na elaboração de projetos e ações para melhora da ciclomobilidade em Curitiba.
 
Ciclomobilidade
 
A locação de bicicletas faz parte de um amplo projeto de incentivo ao uso do veículo não apenas para lazer, mas também como transporte alternativo e integrado ao sistema público, tendo como diretriz a mobilidade urbana sustentável.
 
No ano passado, todos os terminais de transporte passaram a contar com paraciclos que somam mais de 300 vagas para bicicletas. Também já está definida a implantação de bicicletários dentro dos terminais, o que fará parte de todos os projetos de reforma ou ampliação destes equipamentos.
 
Além disso, está em teste, para avaliação de demanda e impacto na operação do transporte, equipamento para carregar a bicicleta dentro do ônibus, no caso, um biarticulado da linha Centenário/Campo Comprido.
 
Os ciclistas também passaram a contar, desde o ano passado, com a possibilidade de deslocamento compartilhado com táxi. Autorizados pela Urbs, os taxistas vêm instalando equipamentos que permitem levar a bicicleta no carro. Ou seja, é possível ir de bicicleta e, se necessário, voltar de táxi com a bicicleta.
 
Vias cicláveis
 
Desde 2013, já foram implantadas mais de 90 quilômetros de vias cicláveis em Curitiba, entre ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e passeios compartilhados. A previsão é chegar até o final de 2016 com 127 km de novas vias cicláveis na cidade, dobrando a capacidade cicloviária existente até 2012 e que havia sido construída em 40 anos.
 
Um dos projetos de destaque na área de ciclomobilidade na capital paranaense é o da Via Calma, elaborado pelo Ippuc. Pioneira no país, a inovação permite o compartilhamento de uma via por diversos modais e garante a segurança de pedestres, ciclistas e motoristas ao estipular uma velocidade máxima de 30 km/h nos trajetos. A primeira foi implantada em julho de 2014, na Av. Sete de Setembro, um trecho de 6,2 quilômetros (ida e volta) entre a Praça do Japão (no bairro Água Verde) e o Largo Baden Powel (na região central, próximo à Rodoferroviária).  A segunda foi implantada em junho de 2016, nas avenidas João Gualberto e Paraná, com um percurso de 14 quilômetros (ida e volta), entre o Passeio Público (região central) e o Terminal Santa Cândida.
 
Em março de 2015, a Prefeitura estabeleceu a primeira ciclorrota da cidade, um trajeto que permite o compartilhamento de diferentes modais – bikes, motos e carros – com limite de velocidade de 30km/h.  A primeira inclui ruas que ligam o bairro Portão à PUC-PR, no Rebouças. Na sequência, foram criadas as ciclorrotas Vila Nossa Senhora da Luz e Vila Verde, no bairro CIC. Ainda em 2016, serão implantadas as ciclorrotas das ruas Costa Rica e Atílio Bório, nos bairros Bacacheri e Cristo Rei. Boa parte das ciclorrotas de Curitiba está incluída nas microrredes cicloviárias que estão sendo projetadas pelo Ippuc na região sul da cidade, nos bairros Boqueirão, CIC e Sítio Cercado.
 
Ciente de que o uso da bicicleta como modal de transporte envolve o desenvolvimento de novos hábitos, a política de ciclomobilidade adotada pela administração também investiu em programas de estímulo ao pedal. O projeto Ciclolazer, realizado aos domingos na Praça Nossa Senhora de Salete, abre as vias de trânsito para circulação exclusiva de bicicletas. Passeios noturnos organizados nas regionais dentro do programa Pedala Curitiba permitem a exploração da cidade pela bike.
 
Futuro
 
Nos próximos anos, a ciclomobilidade deve avançar ainda mais em Curitiba. Em 2015, a Prefeitura de Curitiba firmou um acordo de ciclomobilidade com a Holanda, país onde a bicicleta é um dos principais meio de transporte da população.
 
O principal objetivo de cooperação é a troca de experiências para aumentar o potencial de ciclomobilidade em Curitiba, por meio de projetos inovadores nas áreas de arquitetura, planejamento urbano e design, consolidando a bicicleta como opção de mobilidade segura e abrangente na cidade, além de integrá-la melhor aos outros modais de transporte.