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Pessoa com deficiência

Arte e lazer são ferramentas de inclusão em Curitiba

O lazer, o esporte, a dança e até mesmo os jogos eletrônicos fazem parte da política de inclusão social de Curitiba. A cidade ampliou o número de equipamentos para pessoas com deficiência em espaços públicos com a instalação de brinquedos adaptados, promove atividades físicas (com direito a transporte especial para cadeirantes), investe na oferta de práticas artísticas inclusivas e no apoio no desenvolvimento de jogos eletrônicos inovadores como o Alter Game.

“Entendemos que a recreação é tão importante quanto qualquer outra atividade. Brincar é um direito de todas as crianças, assim como o lazer. É nosso papel preparar as estruturas e os serviços púbicos de forma a quebrar os limites à inclusão”, defende a secretária Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPCD), Mirella Prosdocimo.

Curitiba ganhou os primeiros brinquedos adaptados para crianças com deficiência em setembro de 2015. Desde então já foram inaugurados quatro Espaços de Lazer Inclusivos na cidade: Passeio Público, Praça Presidente Eisenhower, Parque São Lourenço e Parque Mairi. Um novo espaço está em fase de licitação para ser construído no Parque Barigui. O objetivo é implantar estas estruturas em todas as dez administrações regionais da cidade.

“Iniciamos um caminho sem volta rumo à inclusão. Uma nova política foi estabelecida, o que significa que de agora em diante nenhum novo parque da cidade poderá ser inaugurado sem dispor desses equipamentos”, destaca a secretária.

A adaptação dos equipamentos é importante para permitir o uso dos brinquedos por quem tem algum tipo de deficiência. Mas a interação entre crianças com e sem limitação de movimentos proporciona uma inclusão completa. É isso que ocorre no Parque São Lourenço, na primeira Roda Inclusiva da cidade, inaugurada na atual administração.

O conjunto é um convite à diversão, com balanço, carrossel, girassol sobre molas, pictograma e xilofone, tabuleiros de jogos de dama, xadrez e da velha e um quadro negro para desenhos com giz.

“Estes brinquedos lidam com os aspectos sensoriais, comunicativos, afetivos, sociais, cognitivos e motores dos usuários e essa configuração permite o uso com a supervisão e o cuidado dos responsáveis", explica o superintendente de obras e serviços da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Alfredo Trindade.

Ciclolazer

O Ciclolazer foi criado em 2013 a partir de uma demanda da própria população e de associações de ciclistas. O projeto segue um conceito contemporâneo de utilização de área pública - originalmente destinada ao tráfego pesado de veículos - convertida em espaço para ciclismo, lazer, recreação e educação para o trânsito.

Aos domingos, das 8 às 16 horas, três faixas de rolagem da Avenida Cândido de Abreu e outras vias da região são fechadas ao trânsito de veículos motorizados, dando espaço para o cidadão praticar atividade física. Jogos de tabuleiro, jogos gigantes, slackline, cama elástica, lego e aulas de patinação fazem parte da programação.

As pessoas com deficiência têm atividades especialmente desenvolvidas no Ciclolazer, como o empréstimo de bicicletas adaptadas – handbikes, com dois assentos e riquixás – e o skate adaptado, criado em parceria com a Loja Anjuss, que mistura equipamentos de montanhismo e tirolesa para dar equilíbrio e segurança e permitir o uso do skate por quem não tem equilíbrio ou pode andar.

Game inclusivo

Com um propósito educativo inédito no universo on-line, o game Alter, lançado em junho deste ano, nasceu para mostrar que a inclusão pode e deve contemplar também o mundo virtual. Desenvolvido para a Prefeitura de Curitiba em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPCD), o game faz parte da campanha “Não é privilégio, é direito” e acaba de ganhar a versão IOS, para uso em equipamentos Apple - a primeira versão contemplou o sistema Androide.

O nome Alter vem do latin e significa “o outro”, o que ilustra bem o objetivo da campanha que é o de colocar o jogador no papel de diferentes personagens, cada um com um tipo de deficiência ao longo de um caminho comum a todos. Por meio de diferentes mecânicas de jogabilidade, gráficos e sons, o jogador passa por uma experiência sensorial de vivenciar quais são as dificuldades e as barreiras encontradas por uma pessoa com deficiência intelectual, física, auditiva, visual e TEA - transtorno do espectro do autismo.

Para que pessoas com deficiência possam ter a mesma experiência que as pessoas sem deficiência, o jogo conta com recursos de acessibilidade como reconhecimento de fala, audiodescrição e alto contraste. “Seu objetivo é conscientizar a população sobre a importância do respeito aos direitos da pessoa com deficiência e inseri-la no ambiente online de forma inclusiva e acessível”, destaca Danilo Olympio, da empresa Curitiba Racional Games, desenvolvedora do jogo.

Vem dançar com a gente

A inclusão por meio da dança é o objetivo do projeto Curitiba Mais Inclusiva na Dança, lançado em 28 de junho deste ano. Sua realização é uma parceria da Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Curitiba com a Unespar e está Instalado na Casa Hoffmann - Centro de Estudos do Movimento.

Por meio do projeto, pessoas da comunidade, com ou sem deficiência, têm acesso a metodologias de percepção do corpo e de criação artística em dança contemporânea.

O Curitiba mais inclusiva na Dança está vinculado ao projeto de extensão Limites em movimento: corpo em questão, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) Campus de Curitiba II /FAP.

As vagas são limitadas e os interessados podem obter mais informações no e-mail curitibamaisinclusiva@sedpcd.curitiba.pr.gov.br ou pelo telefone (41) 3363-5236. As aulas acontecem nas terças-feiras em dois horários: das 15 às 16 horas e das 16 às 17 horas.