No Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado nesta terça-feira (14/6), a Agência Transfusional totaliza 4 mil pacientes atendidos e 14 mil bolsas de sangue utilizadas.
A agência foi criada, inicialmente, para atender às demandas do Hospital Municipal do Idoso, onde está sediada. Embora as demandas do hospital correspondam a quase 90% dos procedimentos, ela agora atende a todas as unidades administradas pela Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas) da Prefeitura de Curitiba.
Para a diretora de Atenção à Saúde da fundação, Tatiane Filipak, a implantação do serviço tem um impacto direto na qualidade do atendimento.
“A agência é de extrema importância porque garante segurança e agilidade no processo assistencial”, observa a diretora.
Além do armazenamento do sangue e seus componentes (como hemácias e plaquetas), a Agência Tranfusional realiza testes de compatibilidade do material biológico do receptor e do doador, monitora a refrigeração e a integridade dos componentes. Esse processo reduz em 70% o tempo dos procedimentos de transfusão.
“O controle na qualidade e as boas práticas com hemocomponetes e hemovigilância trazem segurança a todos os pacientes do hospital”, reforça o diretor executivo do Hospital Municipal do Idoso, Peterson Souza.
Antes de contar com a Agência Transfusional, quando o paciente precisava passar por uma transfusão, a equipe de enfermagem coletava uma amostra de sangue, que era levada ao Hospital do Trabalhador.
“A demora maior estava neste transporte dos materiais, que levava em torno de três horas”, conta a coordenadora da agência, Larissa Savoia Assef.
Rotina
Criada há sete anos, a agência funciona 24 horas por dia e conta com oito técnicos de laboratório, um médico hematologista e um farmacêutico, equipe que realiza o acompanhamento dos procedimentos.
“Fazemos o monitoramento de todo o processo: da infusão do sangue, do quadro clínico do paciente – antes e depois da transfusão – e a conformidade dos sinais vitais e eventuais reações”, descreve Larissa.
A implantação da Agência Transfusional também reduziu o desperdício de hemocomponentes, como o plasma fresco. Muito usado em cirurgias, para garantir estoque em casos de emergência, o material era solicitado ao Hospital do Trabalhador e enviado em temperatura ambiente para uso imediato. O que não era utilizado era descartado.
“Hoje, mantemos o material congelado e o descongelamento é feito apenas quando necessário e na quantidade solicitada”, relata Larissa.
Pandemia
Segundo Larissa, durante a pandemia de covid-19 houve um aumento de 20% nas transfusões, o que incluiu o atendimento de pacientes do Hospital Vitória e Victor Ferreira do Amaral, abertos na época.
“O crescimento está mais relacionado com o aumento de leitos que a Feas ofereceu. Proporcionalmente, pacientes de terapia intensiva transfundem mais e, neste período, tivemos um aumento de pessoas nestes leitos”, explica a coordenadora.
A Feas é ligada à Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e administra o Hospital Municipal do Idoso, Hospital do Bairro Novo, Serviço de Atendimento Domiciliar Saúde em Casa, 13 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), a Unidade de Estabilização Psiquiátrica Casa Irmã Dulce.
A fundação também faz a gestão das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Tatuquara, Boqueirão e Fazendinha, Complexo Regulador, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Central de Transporte Sanitário e Central de Teleatendimento.
Doação
A Agência Transfusional é abastecida pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar).
Se você estiver apto a doar sangue, agende dia e horário aqui.