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Também chamado de Bosque do Papa, pelos curitibanos, a área integra beleza e tradição, em harmonia com a natureza, e representa o agradecimento da cidade à presença do imigrante polonês e todo o seu significado, a partir de 1871.
Em comemoração aos 150 anos da chegada das primeiras famílias a Curitiba, o Memorial da Imigração Polonesa, formado por casas de troncos de pinheiros encaixados, típicos daquele país, e dispostas em forma de aldeia, tem novas atrações. As casas, construídas por vota de 1878, foram remontadas naquele espaço, quando da implantação do Bosque.
Nelas os visitantes encontram (desde 10 de outubro de 2021) o testemunho da história que teve início com 34 famílias, vindas da região da Silésia, no bairro Pilarzinho. Usos e costumes estão registrados em fotografias, documentos e objetos que integram os acervos do Museu Paranaense e do Arquivo Público do Estado do Paraná. A exposição, que vai até dezembro de 2022, conta com uma coleção de trajes típicos, especialmente cedida por particular. Os oito manequins têm belas vestimentas coloridas, que representam diferentes regiões da Polônia. O Memorial é coordenado pela Fundação Cultural de Curitiba - FCC e a Associação Cultural Brasil-Polônia - BRASPOL.
Na área de 48 mil m2 do Bosque do Papa, remanescente da chácara de Júlio Garmatter (fazendeiro e próspero comerciante de carnes, na década de 20), desapropriada em 1977, funcionou a fábrica de velas Estearina.
É considerado um lugar abençoado também porque ali foi remontada a casa típica que foi visitada pelo Papa João Paulo II, no Estádio Couto Pereira, durante sua visita à cidade, em junho de 1980. Inaugurado alguns meses depois, em dezembro, o bosque eternizou a presença do Papa entre os católicos e, especialmente, entre os seus conterrâneos residentes em Curitiba.
O projeto de Burle Marx (1909-1994), paisagista famoso mundialmente, que fiscalizou pessoalmente os trabalhos de limpeza do bosque, antes de sua abertura ao público, teve como prioridade a preservação da mata nativa, além do plantio de centenas de novas mudas de pinheiros (Araucaria angustifólia). Outro destaque são os plátanos (Platanus orientalis), com porte bem desenvolvido, introduzidos no local há dezenas de anos.
Na primeira casa, a mesma visitada pelo Papa, foi instalada a capela em homenagem à Virgem Negra de Czestchowa, padroeira da Polônia. Nas demais, junto com a exposição especial dos 150 anos, pode-se conhecer móveis e utensílios da época, como a pipa de azedar repolho.
Também é possível ver de perto os itens que usavam na produção de diversos alimentos, no Museu Agrícola, onde se destacam a carroça, o amolador de pedra e outras ferramentas da época, como o moedor (de pedra) de cereais e a máquina de separar o leite da nata.
Tem ainda um espaço com a primeira serraria que funcionou no bairro Barreirinha. São mostrados a carroça com rodas de troncos de madeira, um grande fole (para ativar fogo), pedaço de tronco para cunhar ferradura etc.
Na trilha, em meio ao bosque, encontra-se uma escultura do Papa João Paulo II. Há também um monumento em homenagem a outro grande personagem histórico polonês: Nicolau Copérnico (1473-1543). Matemático e astrólogo, desenvolveu a teoria de que o Sol estaria (e está) no centro do Sistema Solar, contrariando a hipótese, vigente no seu tempo, de que esta posição era da Terra.
Nas festas da colônia polonesa, celebradas no Bosque, há muita música e folclore dos descendentes. Vestidos em trajes típicos do país, apresentam-se nas concorridas comemorações da Swiconka (Benção dos Alimentos, na época da Páscoa); em julho (homenagem à visita do Papa); em agosto (festa da padroeira Czestochowa); o Pontificado de João Paulo II (outubro), e o Dia de São Nicolau junto com o Natal das Etnias (6 de dezembro), que marcam o início às festas em comemoração ao Natal, em 25 de dezembro.
Em todas estas ocasiões é possível experimentar os deliciosos pierogis (pronuncia-se piéróguis), pasteizinhos cozidos/assados com recheio de requeijão, e os saborosos doces e bolos da culinária daquele país.
O artesanato à venda no local permite inclusive a aquisição das famosas pêssankas, ovos pintados à mão em filigranas (especialmente para saudar a Páscoa).
Horários de funcionamento
Bosque:
Das 8h às 18h, diariamente
Memorial da Imigração Polonesa:
Fechado às segundas-feiras para conservação e limpeza
Como chegar: Google Maps
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Atualização: Outubro/2021
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